Satélite Amazonas reduzirá brecha entre Europa e A. Latina

O satélite "Amazonas", que o grupo espanhol Hispasat vai lançar na madrugada de quinta-feira, ajudará a diminuir a brecha digital entre Europa e América Latina e servirá de "ponte" de comunicação entre ambos os continentes.

O "Amazonas", que se tornará o maior satélite de comunicações a operar sobre a América Latina e o quinto da operadora Hispasat, será lançado da base de Baikonur (Cazaquistão) a 00.30 de quinta-feira (19.30 de Brasília de quarta-feira).

O diretor comercial e de serviços da Hispasat, Miguel Angel Panduro, ressaltou em declarações à EFE o salto "qualitativo e quantitativo" que supõe o lançamento e a colocação em órbita do "Amazonas". Segundo ele, o satélite duplicará a capacidade do sistema de comunicação que a empresa espanhola tem no espaço.

Panduro disse ainda que, além de completar a cobertura total do continente americano, o satélite vai operar com modernas tecnologias que permitirão o desenvolvimento de sistemas multimídia e a redução das diferenças que neste campo que existem em relação à Europa.

O diretor observou que a brecha digital aumenta nos países em desenvolvimento latino-americanos, nos quais existe uma infra-estrutura de comunicações em Terra muito mais limitada que a instalada na Europa.

Panduro destacou que a comunicação via satélite é imprescindível na América Latina para "levar voz" a muitas áreas isoladas, como a Amazônia.

Neste sentido, ele ressaltou que o primeiro cliente da empresa que administrará o satélite (a brasileira Hispamar) será a operadora de telefonia Telemar, que detém a cobertura telefônica de muitas regiões do Brasil e também de toda a Amazônia.

O diretor explicou que, na verdade, o "Amazonas" partirá para o espaço com bandeira brasileira, já que utilizará uma posição orbital que pertence a este país, ao passo que os outros quatro satélites do grupo se situam sobre "espaço" espanhol.

Por ocasião do lançamento, a Hispasat preparou uma programação especial que será distribuída em sinal aberto através de seu satélite 1C e que poderá ser recebida na Europa, na América e no norte da África.