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Preservação da Amazônia precisa se basear em tecnologia, ciência e políticas públicas
Brasília – A 3ª Conferência Científica do LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia) mostrou que o tripé "ciência", "tecnologia" e "políticas públicas" pode garantir o futuro sustentável da floresta Amazônia em bases sólidas. Segundo o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e um dos organizadores do evento, Paulo Artaxo, a ciência está comprovando que é possível formular estratégias sustentáveis de desenvolvimento mediante o estabelecimento de políticas públicas compatíveis com o conhecimento gerado: “só o conhecimento cientifico não basta para preservar a Amazônia; precisamos de políticas públicas bem fundamentadas e baseadas em conhecimento sólido”.
Ele afirmou ainda que tais políticas devem ser implementadas dentro de um amplo consenso entre o setor agropecuário, organizações não-governamentais e governos federal, estaduais e municipais. Para ele, só assim a estratégia poderá ser implantada com sucesso. Paulo Artaxo, que também é coordenador do Instituo do Milênio da Amazônia, ressaltou que as novas descobertas do LBA ampliaram o conhecimento cientifico acumulado capaz de permitir o desenvolvimento sustentável da região. “Até cinco anos atrás eu não diria isso”, enfatizou o pesquisador, acrescentando que nesta época o conhecimento ainda era bastante limitado ao simples funcionamento do ecossistema amazônico. “As novas descobertas do LBA são muito recentes e absolutamente estruturais para o desenvolvimento de políticas públicas em bases sólidas”.
Na palestra de hoje sobre degradação de pastagens e desenvolvimento da floresta secundária, o pesquisador Eric Davidson, do Woods Hole Research Center (WHRC), falou sobre a importância dos nutrientes do solo e as conseqüências da queimada – prática extensamente utilizada na região para limpar áreas e preparar o solo para a agricultura – para a floresta amazônica.
De acordo com o pesquisador, o fogo reduz consideravelmente a quantidade de fósforo e nitrogênio no solo, limitando a concentração de elementos vitais para o desenvolvimento das plantas.“Os vários ciclos de queimada acabam com a fertilidade do sol e compromete o futuro da floresta”, alertou Davidson. Para a pesquisadora e chefe da Embrapa Amazônia Oriental, Tatiana Sá, é fundamental que as queimadas na Amazônia sejam substituídas por novas técnicas de plantio. Como exemplo, ela citou o plantio direto com trituração da de vegetação que vem sendo utilizado com sucesso pela Embrapa em alguns projetos na Amazônia.
Erick Fernandes, representante do Banco Mundial, falou sobre a utilização do conhecimento tradicional para a regeneração de áreas degradas na Amazônia com o plantio de espécies nativas da região. A experiência, que vem sendo realizada com sucesso em alguns pontos desmatados da floresta, será aplicada em outras regiões devastadas. “Aliar o conhecimento tradicional à ciência gerada pelo LBA abre uma boa possibilidade para a implantação de sistemas sustentáveis, produtivos e resistentes”, afirmou.
Ele prevê que, em breve, os conhecimentos científicos produzidos pelo LBA na Amazônia poderão ser transferidos para outros países, sobretudo na África, onde a floresta do Congo caminha para uma devastação semelhante à registrada na Amazônia. “É provável que no máximo em 10 anos as cenas registradas na Amazônia se repitam no Congo. Felizmente, todos os resultados obtidos no Brasil servirão para ajudar o povo da África a manejar melhor seus recursos naturais e a preservar a floresta do Congo”.
A 3ª Conferência Cientifica do LBA termina nesta quinta-feira. Durante três dias, cientistas, pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior apresentaram mais de 600 trabalhos científicos que estão desvendando o papel da Amazônia e das mudanças do uso da terra no sistema climática do planeta, bem como a influência das mudanças globais no funcionamento dos ecossistemas amazônicos. Criado em 1998, o LBA estuda as interações entre a floresta amazônica e as condições atmosférica e climática em escalas regional e mundial.
Ele afirmou ainda que tais políticas devem ser implementadas dentro de um amplo consenso entre o setor agropecuário, organizações não-governamentais e governos federal, estaduais e municipais. Para ele, só assim a estratégia poderá ser implantada com sucesso. Paulo Artaxo, que também é coordenador do Instituo do Milênio da Amazônia, ressaltou que as novas descobertas do LBA ampliaram o conhecimento cientifico acumulado capaz de permitir o desenvolvimento sustentável da região. “Até cinco anos atrás eu não diria isso”, enfatizou o pesquisador, acrescentando que nesta época o conhecimento ainda era bastante limitado ao simples funcionamento do ecossistema amazônico. “As novas descobertas do LBA são muito recentes e absolutamente estruturais para o desenvolvimento de políticas públicas em bases sólidas”.
Na palestra de hoje sobre degradação de pastagens e desenvolvimento da floresta secundária, o pesquisador Eric Davidson, do Woods Hole Research Center (WHRC), falou sobre a importância dos nutrientes do solo e as conseqüências da queimada – prática extensamente utilizada na região para limpar áreas e preparar o solo para a agricultura – para a floresta amazônica.
De acordo com o pesquisador, o fogo reduz consideravelmente a quantidade de fósforo e nitrogênio no solo, limitando a concentração de elementos vitais para o desenvolvimento das plantas.“Os vários ciclos de queimada acabam com a fertilidade do sol e compromete o futuro da floresta”, alertou Davidson. Para a pesquisadora e chefe da Embrapa Amazônia Oriental, Tatiana Sá, é fundamental que as queimadas na Amazônia sejam substituídas por novas técnicas de plantio. Como exemplo, ela citou o plantio direto com trituração da de vegetação que vem sendo utilizado com sucesso pela Embrapa em alguns projetos na Amazônia.
Erick Fernandes, representante do Banco Mundial, falou sobre a utilização do conhecimento tradicional para a regeneração de áreas degradas na Amazônia com o plantio de espécies nativas da região. A experiência, que vem sendo realizada com sucesso em alguns pontos desmatados da floresta, será aplicada em outras regiões devastadas. “Aliar o conhecimento tradicional à ciência gerada pelo LBA abre uma boa possibilidade para a implantação de sistemas sustentáveis, produtivos e resistentes”, afirmou.
Ele prevê que, em breve, os conhecimentos científicos produzidos pelo LBA na Amazônia poderão ser transferidos para outros países, sobretudo na África, onde a floresta do Congo caminha para uma devastação semelhante à registrada na Amazônia. “É provável que no máximo em 10 anos as cenas registradas na Amazônia se repitam no Congo. Felizmente, todos os resultados obtidos no Brasil servirão para ajudar o povo da África a manejar melhor seus recursos naturais e a preservar a floresta do Congo”.
A 3ª Conferência Cientifica do LBA termina nesta quinta-feira. Durante três dias, cientistas, pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior apresentaram mais de 600 trabalhos científicos que estão desvendando o papel da Amazônia e das mudanças do uso da terra no sistema climática do planeta, bem como a influência das mudanças globais no funcionamento dos ecossistemas amazônicos. Criado em 1998, o LBA estuda as interações entre a floresta amazônica e as condições atmosférica e climática em escalas regional e mundial.
Fonte:
Agência Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377433/visualizar/
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