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Politica Brasil
Sexta - 23 de Julho de 2004 às 14:45
Por: Paulo Coelho

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“Nem Wilson Santos, pelo PSDB, nem Roberto França, pelo PPS, têm legitimidade para fazer acusações sobre o endividamento da Prefeitura de Cuiabá”. É o que disse ontem o candidato a prefeito Alexandre César (PT), que resolveu entrar na briga com o intuito de contrariar a troca de farpas ocorrida recentemente entre Santos, candidato tucano, e França, o atual guru político do postulante socialista Sérgio Ricardo.

O petista classificou de “falsa polêmica” o bate-boca entre PSDB e PPS locais. “A gente tem clareza de que a responsabilidade pela geração dessa dívida é de ambos os grupos políticos. Se for resgatar na história dos últimos doze anos da administração do Estado e de Cuiabá, a gente vê que eles sempre estiveram presentes juntos em várias oportunidades”, apontou César.

Ele continuou, afirmando que em 1992 Dante de Oliveira foi candidato pelo PDT, escolhido na última hora com apoio de Wilson, que seria o candidato do partido, e com o endosso do PSDB. França estaria junto.

“Em 94, o Vivaldo [Lopes, atual secretário de Finanças de Cuiabá] coordenou o programa de governo do Dante. O Vivaldo, que já havia sido secretário de Finanças, foi assessor especial do Dante e em 97 assumiu a secretaria de Finanças do França. Enfim, o PSDB elegeu e reelegeu o atual prefeito”, criticou o petista.

Alexandre César, assim como Wilson Santos, não acredita que, caso se eleja, pegará a prefeitura com as dívidas zeradas. Para ele, as contas municipais já devem estar beirando os R$ 500 milhões, no total.

Essa, segundo César, seria uma forma de minimizar “o sofrimento dos servidores públicos”, devido à falta de pagamento.

A prefeitura não tem conseguido regularizar as folhas, que ultimamente vem acumulando, em alguns casos, a até três atrasadas. “Não acredito que isso será zerado, por várias razões: em 2002 o secretário de Finanças [Vivaldo] havia prometido colocar as contas em dia até o fim do ano. Isso não aconteceu. Em 2003, a mesma história, e não cumpriu”, disse César.




Fonte: Folha do Estado

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