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Cultura
Sexta - 23 de Julho de 2004 às 14:13
Por: Lauro Lisboa Garcia

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São Paulo - A primeira semifinal do 7.º Prêmio Visa de Música Brasileira - Edição Instrumental, realizada anteontem no Tom Brasil, mostrou os três candidatos bastante entrosados e bem preparados, com casa cheia e torcida animada. Transferido de um teatro para uma casa de shows, o evento perdeu um pouco em qualidade. O ambiente não tem acústica adequada para música instrumental, o que dificultou a apreciação plena do bom repertório escolhido pelo Choro Elétrico: 4x0, pela dupla João Luiz e Douglas Lora e pelo Trio Setó. Um pouco por conta disso, o público se tornou mais dispersivo. Bate-papos, celulares tocando, tilintar de copos e som de latas de bebida se abrindo acabaram interferindo.

Nem todos estiveram tão bem quanto nas apresentações das eliminatórias. O Trio Setó teve seu melhor momento num criativo arranjo para Eu Quero um Samba (Haroldo Barbosa/Janet de Almeida), em que homenagearam João Gilberto, com direito a citação de Silas de Oliveira. Em Corta Jaca (Chiquinha Gonzaga) o baixo elétrico saiu-se prejudicado pela equalização, o que contribuiu para um anticlímax.

Os violonistas João Luiz e Douglas Lora repetiram o bom desempenho em Forrozim (Heraldo do Monte), em que esbanjaram erudição, mostraram um arranjo interessante para Serrado (Djavan), mas saíram-se melhor numa reverente interpretação do choro Doce de Coco (Jacob do Bandolim).

O quarteto Choro Elétrico teve a maior torcida e acabou fazendo a apresentação mais empolgante da noite. Levantou a platéia com releituras de Sarau para Radamés (Paulinho da Viola), Conta Outra (Danilo Penteado), Segura Ele (Pixinguinha) e Um Baile em Catumby, mesclando choro, samba, frevo, maxixe e jazz. Simoninha segurou parte do público até mais tarde com um show balançado.




Fonte: Estadão.com

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