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Estrangeiros detêm mais conhecimento sobre Amazônia
Cuiabá - A única maneira de o Brasil proteger um de seus maiores patrimônios, a biodiversidade da Amazônia, é por meio do conhecimento e da informação. Por falta de investimento na região, porém, o País não está gerando esse conhecimento. Pior: as informações estão sendo produzidas e apropriadas por outros países. De cada cinco artigos científicos publicados sobre a Amazônia, quatro são de estrangeiros.
Para reverter essa situação, o biólogo Adalbert Luís Val, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, propõe que o Brasil crie um programa de fixação de pessoal na região, consolidando os grupos de pesquisa já existentes e criando outros. Ele falou na conferência Ciência e Tecnologia na Amazônia - Aspectos Culturais, Econômicos e Políticos, na 56.ª Reunião Anual da agora chamada Associação Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Segundo Val, há no Brasil uma distribuição desigual dos investimentos. "A Amazônia é responsável por 8% do Produto Interno Bruto (PIB), mas só recebe cerca de 2% do total nacional dos investimentos em ciência e tecnologia", disse. "Os recursos destinados à região precisariam ser multiplicados por quatro para que ela recebesse proporcionalmente o mesmo que outras regiões."
Publicações
As conseqüências dessa disparidade podem ser percebidas pelo número de publicações. Segundo Val, nos quatro primeiros meses deste ano foram publicados 452 artigos científicos sobre a Amazônia em revistas estrangeiras, apenas 111 de autores residentes no Brasil - 41 na região.
"O pior é que não só perdemos o domínio sobre a geração de conhecimento da região como não estamos conseguindo traduzir e aproveitar essas informações porque falta gente para decodificá-las."
Essas informações, sobre os animais e plantas e a maneira como se adaptam ao ambiente, têm importância científica e econômica e despertam interesses.
Nasa e Rio Negro
Val exemplificou com o interesse da Nasa em estudar os mecanismos de adaptação dos peixes do Rio Negro. "As águas desse rio são muito ácidas - têm o pH semelhante ao da Coca-Cola - e pobres em cálcio", explicou. "A Nasa quer saber como esses peixes vivem num ambiente pobre em cálcio."
"As informações poderão ajudar a achar soluções para um problema que afeta os astronautas que ficam muito tempo no espaço: a perda de cálcio. Isso mostra a importância que podem ter informações sobre a biodiversidade amazônica", disse.
Para reverter essa situação, o biólogo Adalbert Luís Val, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, propõe que o Brasil crie um programa de fixação de pessoal na região, consolidando os grupos de pesquisa já existentes e criando outros. Ele falou na conferência Ciência e Tecnologia na Amazônia - Aspectos Culturais, Econômicos e Políticos, na 56.ª Reunião Anual da agora chamada Associação Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Segundo Val, há no Brasil uma distribuição desigual dos investimentos. "A Amazônia é responsável por 8% do Produto Interno Bruto (PIB), mas só recebe cerca de 2% do total nacional dos investimentos em ciência e tecnologia", disse. "Os recursos destinados à região precisariam ser multiplicados por quatro para que ela recebesse proporcionalmente o mesmo que outras regiões."
Publicações
As conseqüências dessa disparidade podem ser percebidas pelo número de publicações. Segundo Val, nos quatro primeiros meses deste ano foram publicados 452 artigos científicos sobre a Amazônia em revistas estrangeiras, apenas 111 de autores residentes no Brasil - 41 na região.
"O pior é que não só perdemos o domínio sobre a geração de conhecimento da região como não estamos conseguindo traduzir e aproveitar essas informações porque falta gente para decodificá-las."
Essas informações, sobre os animais e plantas e a maneira como se adaptam ao ambiente, têm importância científica e econômica e despertam interesses.
Nasa e Rio Negro
Val exemplificou com o interesse da Nasa em estudar os mecanismos de adaptação dos peixes do Rio Negro. "As águas desse rio são muito ácidas - têm o pH semelhante ao da Coca-Cola - e pobres em cálcio", explicou. "A Nasa quer saber como esses peixes vivem num ambiente pobre em cálcio."
"As informações poderão ajudar a achar soluções para um problema que afeta os astronautas que ficam muito tempo no espaço: a perda de cálcio. Isso mostra a importância que podem ter informações sobre a biodiversidade amazônica", disse.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377640/visualizar/
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