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Livro conta a história dos gays na Argentina
Os donos do poder na Argentina sempre consideraram os homossexuais como inimigos, de acordo com um jornalista que acabou de lançar uma história dos gays no país.
“Quando o poder esteve claramente nas mãos da Igreja Católica, (a homossexualidade) era um pecado", disse à BBC Mundo Osvaldo Bazán, autor do livro Historia de la Homosexualidad en la Argentina.
“Quando, no fim do século 19 e começo do século 20, o poder passou para as mãos da ciência com o positivismo, tornou-se uma enfermidade”, afirma Bazán. “E na época da sociedade civil, a homossexualidade virou um delito.”
O autor fez pesquisas detalhadas nos arquivos históricos argentinos para traçar a trajetória do homossexualismo desde os tempos da América colonial.
Hereges
Segundo ele, cronistas espanhóis da época dos descobrimentos “foram muito claros em dizer que os índios que haviam encontrado eram sodomitas, hereges e canibais”.
Mas ele explica que o tipo de sexualidade de alguns grupos nativos – como os mapuches – na verdade ia “além do eixo homossexualidade-heterossexualidade, tinha outras variantes que obviamente os conquistadores espanhóis não souberam ver”.
Durante vários séculos, afirma Bazán, a homossexualidade foi considerada “um pecado nefando”, e era portanto algo que não podia nem ser mencionado. “Este foi o principal castigo”, diz ele.
Bazán afirma que a situação começou a mudar nos anos 60, seguindo uma tendência mundial – as discussões tinham um ponto-de-vista totalmente moralista, mas pelo menos passou-se a admitir que a homossexualidade existia.
Os avanços em termos de integração dos homossexuais na sociedade argentina agora seguem em ritmo mais acelerado, segundo Bazán, ainda que “não estejamos em uma época de esplendores de liberdades individuais”.
Para ele, a recente aprovação de leis que permitem a união civil de gays em Buenos Aires e na província de Río Negro mostra que as mudanças estão ocorrendo não só no âmbito da sociedade, mas também no da política.
“Quando, no fim do século 19 e começo do século 20, o poder passou para as mãos da ciência com o positivismo, tornou-se uma enfermidade”, afirma Bazán. “E na época da sociedade civil, a homossexualidade virou um delito.”
O autor fez pesquisas detalhadas nos arquivos históricos argentinos para traçar a trajetória do homossexualismo desde os tempos da América colonial.
Hereges
Segundo ele, cronistas espanhóis da época dos descobrimentos “foram muito claros em dizer que os índios que haviam encontrado eram sodomitas, hereges e canibais”.
Mas ele explica que o tipo de sexualidade de alguns grupos nativos – como os mapuches – na verdade ia “além do eixo homossexualidade-heterossexualidade, tinha outras variantes que obviamente os conquistadores espanhóis não souberam ver”.
Durante vários séculos, afirma Bazán, a homossexualidade foi considerada “um pecado nefando”, e era portanto algo que não podia nem ser mencionado. “Este foi o principal castigo”, diz ele.
Bazán afirma que a situação começou a mudar nos anos 60, seguindo uma tendência mundial – as discussões tinham um ponto-de-vista totalmente moralista, mas pelo menos passou-se a admitir que a homossexualidade existia.
Os avanços em termos de integração dos homossexuais na sociedade argentina agora seguem em ritmo mais acelerado, segundo Bazán, ainda que “não estejamos em uma época de esplendores de liberdades individuais”.
Para ele, a recente aprovação de leis que permitem a união civil de gays em Buenos Aires e na província de Río Negro mostra que as mudanças estão ocorrendo não só no âmbito da sociedade, mas também no da política.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377656/visualizar/
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