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Guilherme Dicke e Silva Freire são temas centrais no
Os mato-grossenses Ricardo Guilherme Dicke e
Benedito Santana Silva Freire são temas centrais da
programação da SBPC Cultural - Cultura e Natureza
nesta quinta-feira, 22. A obra de Dicke será discutida
na Série Encontro de Idéias, que ocorre às 14 horas,
no Centro Cultural da Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT) e o documentário Cerimônias do
Esquecimento, que retrata um pouco de sua trajetória,
terá sua pré-estréia, às 12 horas. Já Silva Freire tem
dois espetáculos encenados em sua homenagem. Vale
lembrar que a entrada é gratuita.
O documentário Cerimônias do Esquecimento, classificado em primeiro lugar em Mato Grosso no Primeiro Programa de Fomento à Produção e Tele-difusão do Documentário Brasileiro (DOCTV), revela a vida e a obra do escritor. Dirigido por Eduardo Ferreira, o filme mostra o autor na intimidade de sua casa, seu cotidiano, os afazeres, misturando elementos ficcionais do livro "Cerimônias do Esquecimento", do autor em tela, a depoimentos de estudiosos mato- grossenses que se debruçam sobre a literatura de Dicke.
A direção de fotografia ficou por conta do experiente Joel Sagardia, e a pesquisa foi do jornalista Lorenzo Falcão. A trilha sonora é assinada por André Balbino, Capilé Charbel, e a banda Caximir. A cenografia é assinada por Juarez Compertino e Anna Marimon. No elenco Ricardo Guilherme Dicke, Luís Renato, Anna Marimon, André Balbiono, Antônio Carlos, Rose Tekila, Capilé Charbel, Antônio Sodré, Marcelo Bouret, Lorenzo Falcão e Fernanda.
No penúltimo dia da SBPC Cultural a Série de debates, denominada Encontro de Idéias, tem como tema as manifestações culturais na Literatura. Duas mesas de discussões foram programadas: Trilhas e Percursos: Ricardo Guilherme Dicke e os Estudos Literários, que ocorre às 14 horas, e em seguida, Páramos e Cerimônias - Ricardo Guilherme Dicke e outras artes.
Os debates, que contam com a participação do Grupo RG Dicke de Estudo em Cultura e Literatura de Mato Grosso (UFMT/CNPQ), serão mediados pelo doutor em Comunicação e Semiótica Mário Cezar S. Leite, coordenador do Grupo RG e professor de Literatura Brasileira do Departamento de Letras da UFMT.
A primeira mesa tem como palestrantes a doutoranda em Letras e Lingüística na área de estudos literários, Gilvone Furtado Miguel, o professor Everton Almeida Barbosa e o escritor Juliano Moreno. Já a segunda, conta com a participação do jornalista e escritor Lorenzo Falcão, do videomaker e músico Eduardo Ferreira e o cineasta Amauri Tangará.
Dicke nasceu em Chapada dos Guimarães em 1936. Formado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, trabalhou como artista plástico, professor, jornalista e tradutor. Ricardo Dicke ganhou os principais prêmios literários nacionais nas décadas de 60, 70 e 80. Começou com o romance "Deus de Caim", obra que venceu o prêmio Walmap de 1968, que teve no júri Jorge Amado, Antonio Olinto e Guimarães Rosa. Outras obras de sua autoria são "O Salário dos Poetas", "Rio Abaixo dos Vaqueiros", "Caieira" e "Madona dos Páramos".
Silva Freire - a Companhia de Teatro Luiz Carlos Ribeiro apresenta o espetáculo Cio da Noite, montado especialmente para a SBPC Cultural. A produção revela o universo boêmio dos bares retratados pela obra "Os Boêmios" de Benedito Santana Silva Freire, às 21 horas, no Teatro Universitário. Participam da peça atores que são expoentes da história do teatro mato- grossense, entre eles Lúcia Palma, Vanda Marchetti e Glorinha Albuês.
Nascido em Mimoso/MT, Silva Freire, advogado, jornalista, carnavalesco, foi professor fundador da antiga Faculdade Federal de Direito de Cuiabá que deu origem à UFMT. Participou no Rio de Janeiro dos movimentos de vanguardas da literatura brasileira como concretismo e neo-concretismo. Cria com Wlademir Dias Pino o movimento "Poema Processo". Foi cassado em 1964, como deputado estadual. Deixou vários livros publicados, cantando a terra em causos, contos, prosas
e versos. Em seguida, é a vez de a Companhia de Teatro Cena Onze homenagear o poeta e encenar a peça Freire: Menino Poeta, em que é retratada a vida do poeta. As lembranças são vividas nas poesias que falam do rio Cuiabá, do garimpo, das lavadeiras, dos bares, dos boêmios.
Belarmino - o guardador de ossos
Outro espetáculo inspirado na obra de Ricardo Guilherme Dicke está inserido na programação da SBPC Cultural - Cultura e Natureza do dia 22. Trata-se de Belarmino - o guardador de ossos, montado a partir do conto "Banzo" e produzido pelo cineasta Amauri Tangará. A peça será encenada, às 23 horas. O local será uma surpresa para o público. Um ônibus levará a platéia até o ambiente da apresentação.
Serão distribuídos gratuitamente cem convites. Os interessados devem se dirigir à bilheteria do Teatro Universitário para retirar seus ingressos. O espetáculo narra a história de um caçador de jacarés, ao apaixonar pela bela Deusa das Águas, Orejona, transforma-se num jacaré imenso - o rei dos jacarés. Ele passa a se alimentar dos miolos dos caçadores que aparecem para vilipendiar seu território sagrado. E nessa luta ente suas duas personalidades, revela a dor e a delícia de cada uma delas.
"Belarmino é um mergulho na alma humana, um questionamento árido sobe os homens, suas escolhas e seus paradoxos", explica Tangará. Segundo ele o personagem busca entender a parte do ser que já não sendo humana, é mais terna. "É uma reflexão sobre as mudanças de paradigma, é uma viagem ao resgate da própria personalidade. Um desafio aos nossos medos ancestrais", finaliza.
Programação paralela
As exposições Patrimônio da Humanidade e Visualidades podem ser conferidas durante todo o dia, no Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT (MACP), localizado no Centro Cultural.
O Stúdio de Dança Jefferson Miranda apresenta às 12 horas o espetáculo A Dança que Seduz, que levará ao palco do Teatro Universitário toda a graça e sensualidade da dança de salão.
E no palco principal da SBPC, montado ao lado do ginásio, um concerto que vai reunir a Orquestra Sinfônica e o Coral da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) promete emocionar o público da 56ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A apresentação ocorre às 22 horas. No repertório, clássicos como Carinhoso de Pixinguinha, Aquarela do Brasil de Ari Barroso, Suíte Monet de Duda, Abertura da Ópera Carmina Burana - Fortuna Imperatrix Mundi - de Carl Orff, Andaluzia de Ernesto Lecuona e Aleluia do Oratório "Messias" de Haendel. A regência da Orquestra fica por conta do maestro Fabricio Carvalho e do Coro pela maestrina Dorit Kolling.
O documentário Cerimônias do Esquecimento, classificado em primeiro lugar em Mato Grosso no Primeiro Programa de Fomento à Produção e Tele-difusão do Documentário Brasileiro (DOCTV), revela a vida e a obra do escritor. Dirigido por Eduardo Ferreira, o filme mostra o autor na intimidade de sua casa, seu cotidiano, os afazeres, misturando elementos ficcionais do livro "Cerimônias do Esquecimento", do autor em tela, a depoimentos de estudiosos mato- grossenses que se debruçam sobre a literatura de Dicke.
A direção de fotografia ficou por conta do experiente Joel Sagardia, e a pesquisa foi do jornalista Lorenzo Falcão. A trilha sonora é assinada por André Balbino, Capilé Charbel, e a banda Caximir. A cenografia é assinada por Juarez Compertino e Anna Marimon. No elenco Ricardo Guilherme Dicke, Luís Renato, Anna Marimon, André Balbiono, Antônio Carlos, Rose Tekila, Capilé Charbel, Antônio Sodré, Marcelo Bouret, Lorenzo Falcão e Fernanda.
No penúltimo dia da SBPC Cultural a Série de debates, denominada Encontro de Idéias, tem como tema as manifestações culturais na Literatura. Duas mesas de discussões foram programadas: Trilhas e Percursos: Ricardo Guilherme Dicke e os Estudos Literários, que ocorre às 14 horas, e em seguida, Páramos e Cerimônias - Ricardo Guilherme Dicke e outras artes.
Os debates, que contam com a participação do Grupo RG Dicke de Estudo em Cultura e Literatura de Mato Grosso (UFMT/CNPQ), serão mediados pelo doutor em Comunicação e Semiótica Mário Cezar S. Leite, coordenador do Grupo RG e professor de Literatura Brasileira do Departamento de Letras da UFMT.
A primeira mesa tem como palestrantes a doutoranda em Letras e Lingüística na área de estudos literários, Gilvone Furtado Miguel, o professor Everton Almeida Barbosa e o escritor Juliano Moreno. Já a segunda, conta com a participação do jornalista e escritor Lorenzo Falcão, do videomaker e músico Eduardo Ferreira e o cineasta Amauri Tangará.
Dicke nasceu em Chapada dos Guimarães em 1936. Formado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, trabalhou como artista plástico, professor, jornalista e tradutor. Ricardo Dicke ganhou os principais prêmios literários nacionais nas décadas de 60, 70 e 80. Começou com o romance "Deus de Caim", obra que venceu o prêmio Walmap de 1968, que teve no júri Jorge Amado, Antonio Olinto e Guimarães Rosa. Outras obras de sua autoria são "O Salário dos Poetas", "Rio Abaixo dos Vaqueiros", "Caieira" e "Madona dos Páramos".
Silva Freire - a Companhia de Teatro Luiz Carlos Ribeiro apresenta o espetáculo Cio da Noite, montado especialmente para a SBPC Cultural. A produção revela o universo boêmio dos bares retratados pela obra "Os Boêmios" de Benedito Santana Silva Freire, às 21 horas, no Teatro Universitário. Participam da peça atores que são expoentes da história do teatro mato- grossense, entre eles Lúcia Palma, Vanda Marchetti e Glorinha Albuês.
Nascido em Mimoso/MT, Silva Freire, advogado, jornalista, carnavalesco, foi professor fundador da antiga Faculdade Federal de Direito de Cuiabá que deu origem à UFMT. Participou no Rio de Janeiro dos movimentos de vanguardas da literatura brasileira como concretismo e neo-concretismo. Cria com Wlademir Dias Pino o movimento "Poema Processo". Foi cassado em 1964, como deputado estadual. Deixou vários livros publicados, cantando a terra em causos, contos, prosas
e versos. Em seguida, é a vez de a Companhia de Teatro Cena Onze homenagear o poeta e encenar a peça Freire: Menino Poeta, em que é retratada a vida do poeta. As lembranças são vividas nas poesias que falam do rio Cuiabá, do garimpo, das lavadeiras, dos bares, dos boêmios.
Belarmino - o guardador de ossos
Outro espetáculo inspirado na obra de Ricardo Guilherme Dicke está inserido na programação da SBPC Cultural - Cultura e Natureza do dia 22. Trata-se de Belarmino - o guardador de ossos, montado a partir do conto "Banzo" e produzido pelo cineasta Amauri Tangará. A peça será encenada, às 23 horas. O local será uma surpresa para o público. Um ônibus levará a platéia até o ambiente da apresentação.
Serão distribuídos gratuitamente cem convites. Os interessados devem se dirigir à bilheteria do Teatro Universitário para retirar seus ingressos. O espetáculo narra a história de um caçador de jacarés, ao apaixonar pela bela Deusa das Águas, Orejona, transforma-se num jacaré imenso - o rei dos jacarés. Ele passa a se alimentar dos miolos dos caçadores que aparecem para vilipendiar seu território sagrado. E nessa luta ente suas duas personalidades, revela a dor e a delícia de cada uma delas.
"Belarmino é um mergulho na alma humana, um questionamento árido sobe os homens, suas escolhas e seus paradoxos", explica Tangará. Segundo ele o personagem busca entender a parte do ser que já não sendo humana, é mais terna. "É uma reflexão sobre as mudanças de paradigma, é uma viagem ao resgate da própria personalidade. Um desafio aos nossos medos ancestrais", finaliza.
Programação paralela
As exposições Patrimônio da Humanidade e Visualidades podem ser conferidas durante todo o dia, no Museu de Arte e Cultura Popular da UFMT (MACP), localizado no Centro Cultural.
O Stúdio de Dança Jefferson Miranda apresenta às 12 horas o espetáculo A Dança que Seduz, que levará ao palco do Teatro Universitário toda a graça e sensualidade da dança de salão.
E no palco principal da SBPC, montado ao lado do ginásio, um concerto que vai reunir a Orquestra Sinfônica e o Coral da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) promete emocionar o público da 56ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A apresentação ocorre às 22 horas. No repertório, clássicos como Carinhoso de Pixinguinha, Aquarela do Brasil de Ari Barroso, Suíte Monet de Duda, Abertura da Ópera Carmina Burana - Fortuna Imperatrix Mundi - de Carl Orff, Andaluzia de Ernesto Lecuona e Aleluia do Oratório "Messias" de Haendel. A regência da Orquestra fica por conta do maestro Fabricio Carvalho e do Coro pela maestrina Dorit Kolling.
Fonte:
Da Assessoria
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377792/visualizar/
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