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Milão dá retoques finais na reforma da ópera La Scala
O maior palco da Europa, que abrigou todos os principais compositores, condutores e estrelas da ópera nos últimos dois séculos, ainda impressiona.
As reformas do La Scala duraram quase três anos e, de acordo com os planos da empresa responsável, a casa estará pronta para receber os primeiros ensaios em outubro.
Novos aparelhos de ar-condicionado e equipamentos contra incêndio e de segurança estão sendo instalados.
Há poeira por toda parte. O interior do famoso auditório em forma de ferradura está recoberto com plásticos, enquanto os restauradores retocam as decorações douradas e candelabros.
Tradução
Fios elétricos percorrem o chão empoeirado, conectando as telas de tradução que estarão disponíveis em cada um dos 1,8 mil assentos.
Com isso, os admiradores de ópera poderão acompanhar o libretto em inglês, francês e italiano.
Entre barulhos de martelos, serras e furadeiras, o maestro Riccardo Muti, diretor musical do La Scala, introduz com animação, numa entrevista coletiva, a programação para a próxima temporada.
Ele garante que nunca vai sacrificar a qualidade em detrimento da quantidade no novo La Scala.
"Faremos 185 apresentações no primeiro ano. Isso é muito se você levar em conta a alta qualidade de cada obra que apresentamos e o número de ensaios."
"Não somos como a Staatsoper, em Viena, que apresenta uma ópera diferente por noite sem ensaiar adequadamente. Ainda tomamos cuidado com nossa produção artística", disse o maestro.
"Mas com as possibilidades técnicas que teremos agora, vamos aumentar a quantidade mantendo ao mesmo tempo a qualidade. Nosso novo maquinário de palco é o mais moderno do mundo. Até o ano passado precisávamos de até dois dias para trocar o cenário. Agora, podemos fazer imediatamente, é só apertar um botão e pronto."
A ópera escolhida para abrir o novo La Scala em dezembro de 2004 é uma obra que foi encomendada para a inauguração do teatro original, em 1778, pela imperatriz da Áustria Maria Theresa.
O compositor italiano Antonio Salieri escreveu uma ópera-balé intitulada Europa Riconosciuta.
A partitura e o libretto originais foram resgatados em uma biblioteca musical em Viena – cidade em que Salieri, um rival de Mozart, viveu e trabalhou.
Algumas das músicas de balé que ele compôs em 1778 também serão tocadas na noite de gala de abertura.
Preços salgados
Alta cultura, porém, pode significar altos preços. Os ingressos para a noite de abertura já estão sendo comprados por US$ 2,5 mil (cerca de R$ 7,5 mil) por pessoa nos camarotes.
Numa tentativa de ampliar o público de ópera, balé e música clássica no La Scala, o teatro está oferecendo a preços razoáveis carnês de ingressos para a temporada 2004-2005 que incluem algumas das 13 óperas, 9 balés e 12 concertos que estarão em cartaz.
Muitas dessas apresentações serão conduzidas por condutores convidados de renome, como Georges Pretre, Zubin Mehta e Simon Rattle.
O La Scala é o segundo grande teatro de ópera da Itália a passar por reformas no início do século 21.
O La Fenice, de Veneza, foi destruído por incêndio em janeiro de 1996. Totalmente reconstruído, ele será reaberto em dezembro.
Apesar das boas notícias para os admiradores, o futuro da ópera na Itália sofreu um duro golpe esta semana, com anúncio de um novo orçamento do governo prevendo cortes nos subsídios às artes.
O La Scala deve ter de tentar arrecadar 2 milhões de euros adicionais (cerca de R$ 7,4 milhões) de patrocinadores para equilibrar suas contas em 2005.
Novos aparelhos de ar-condicionado e equipamentos contra incêndio e de segurança estão sendo instalados.
Há poeira por toda parte. O interior do famoso auditório em forma de ferradura está recoberto com plásticos, enquanto os restauradores retocam as decorações douradas e candelabros.
Tradução
Fios elétricos percorrem o chão empoeirado, conectando as telas de tradução que estarão disponíveis em cada um dos 1,8 mil assentos.
Com isso, os admiradores de ópera poderão acompanhar o libretto em inglês, francês e italiano.
Entre barulhos de martelos, serras e furadeiras, o maestro Riccardo Muti, diretor musical do La Scala, introduz com animação, numa entrevista coletiva, a programação para a próxima temporada.
Ele garante que nunca vai sacrificar a qualidade em detrimento da quantidade no novo La Scala.
"Faremos 185 apresentações no primeiro ano. Isso é muito se você levar em conta a alta qualidade de cada obra que apresentamos e o número de ensaios."
"Não somos como a Staatsoper, em Viena, que apresenta uma ópera diferente por noite sem ensaiar adequadamente. Ainda tomamos cuidado com nossa produção artística", disse o maestro.
"Mas com as possibilidades técnicas que teremos agora, vamos aumentar a quantidade mantendo ao mesmo tempo a qualidade. Nosso novo maquinário de palco é o mais moderno do mundo. Até o ano passado precisávamos de até dois dias para trocar o cenário. Agora, podemos fazer imediatamente, é só apertar um botão e pronto."
A ópera escolhida para abrir o novo La Scala em dezembro de 2004 é uma obra que foi encomendada para a inauguração do teatro original, em 1778, pela imperatriz da Áustria Maria Theresa.
O compositor italiano Antonio Salieri escreveu uma ópera-balé intitulada Europa Riconosciuta.
A partitura e o libretto originais foram resgatados em uma biblioteca musical em Viena – cidade em que Salieri, um rival de Mozart, viveu e trabalhou.
Algumas das músicas de balé que ele compôs em 1778 também serão tocadas na noite de gala de abertura.
Preços salgados
Alta cultura, porém, pode significar altos preços. Os ingressos para a noite de abertura já estão sendo comprados por US$ 2,5 mil (cerca de R$ 7,5 mil) por pessoa nos camarotes.
Numa tentativa de ampliar o público de ópera, balé e música clássica no La Scala, o teatro está oferecendo a preços razoáveis carnês de ingressos para a temporada 2004-2005 que incluem algumas das 13 óperas, 9 balés e 12 concertos que estarão em cartaz.
Muitas dessas apresentações serão conduzidas por condutores convidados de renome, como Georges Pretre, Zubin Mehta e Simon Rattle.
O La Scala é o segundo grande teatro de ópera da Itália a passar por reformas no início do século 21.
O La Fenice, de Veneza, foi destruído por incêndio em janeiro de 1996. Totalmente reconstruído, ele será reaberto em dezembro.
Apesar das boas notícias para os admiradores, o futuro da ópera na Itália sofreu um duro golpe esta semana, com anúncio de um novo orçamento do governo prevendo cortes nos subsídios às artes.
O La Scala deve ter de tentar arrecadar 2 milhões de euros adicionais (cerca de R$ 7,4 milhões) de patrocinadores para equilibrar suas contas em 2005.
Fonte:
BBC/De Milão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377811/visualizar/
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