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Japão consegue barrar criação de santuário de baleias
São Paulo - O Japão articulou novamente e conseguiu votos para adiar, mais uma vez, a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, proposta junto à Comissão Baleeira Internacional (CBI) pelo Brasil, Argentina e África do Sul. A vitória japonesa foi conseguida nesta quarta-feira na reunião do CBI em Sorrento (Itália), graças ao apoio de países como Tuvalu, Ilhas Salomão e Costa do Marfim.
Estes pequenos países – Tuvalu é um conjunto de atóis no Pacífico Sul e tem 12 mil habitantes – não são exatamente pescadores e consumidores de baleias, como o Japão, mas decidiram apoiar os japoneses depois de terem sido convencidos por seus delegados. Organizações não-governamentais presentes à reunião denunciaram formalmente a compra de votos pelo Japão e pediram uma investigação independente.
A proposta do Brasil, Argentina e África do Sul teve maioria de votos – 26 a favor e 22 contra -, mas é necessária a maioria de três-quartos para a aprovação. De qualquer forma, a vitória parcial animou os representantes brasileiros. “O Brasil deve comemorar o resultado. Nosso direito a manter os baleeiros japoneses longe do Atlântico Sul está sendo cada vez mais reconhecido”, disse o vice-comissário brasileiro na CIB e coordenador do Projeto Baleia Franca, José Truda Palazzo Jr, segundo nota divulgada pela ONG.
Liberação da pesca
O Japão não conseguiu, entretanto, avançar na liberação da pesca das grandes baleias. Junto com Noruega e Islândia, o governo japonês foi derrotado ao propôr a quebra de status do Santuário da Antártida, criado em 1994. Por mais dez anos os baleeiros serão proibidos de pescar na região.
O grupo liderado pelo Japão pede a liberação da pesca às grandes baleias em todos os oceanos, proibida por uma moratória que entrou em vigor em 1986, e lutam contra toda iniciativa que limite a pesca. Por esta razão os japoneses tentam a qualquer custo evitar a criação do santuário no Atlântico Sul, que seria também um precedente para se criar um santuário no Pacífico Sul, proposta defendida pela Austrália e Nova Zelândia.
Os japoneses argumentam que podem explorar as espécies de grandes baleias sem ameaçá-las de extinção, através do que chama “pesca científica”. Segundo a Fundo Mundial para a Natureza (WWF), há atualmente cerca de 8 mil baleias no mundo, incluindo espécies em risco de desaparecimento.
Segundo representantes brasileiros nesta 56.ª Reunião Anual da CIB, o santuário do Atlântico Sul seria uma região livre de caça e com investimentos em atividades de turismo de observação e pesquisas. A delegação do Brasil levou à reunião uma carta assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo a criação do Santuário do Atlântico Sul.
Estes pequenos países – Tuvalu é um conjunto de atóis no Pacífico Sul e tem 12 mil habitantes – não são exatamente pescadores e consumidores de baleias, como o Japão, mas decidiram apoiar os japoneses depois de terem sido convencidos por seus delegados. Organizações não-governamentais presentes à reunião denunciaram formalmente a compra de votos pelo Japão e pediram uma investigação independente.
A proposta do Brasil, Argentina e África do Sul teve maioria de votos – 26 a favor e 22 contra -, mas é necessária a maioria de três-quartos para a aprovação. De qualquer forma, a vitória parcial animou os representantes brasileiros. “O Brasil deve comemorar o resultado. Nosso direito a manter os baleeiros japoneses longe do Atlântico Sul está sendo cada vez mais reconhecido”, disse o vice-comissário brasileiro na CIB e coordenador do Projeto Baleia Franca, José Truda Palazzo Jr, segundo nota divulgada pela ONG.
Liberação da pesca
O Japão não conseguiu, entretanto, avançar na liberação da pesca das grandes baleias. Junto com Noruega e Islândia, o governo japonês foi derrotado ao propôr a quebra de status do Santuário da Antártida, criado em 1994. Por mais dez anos os baleeiros serão proibidos de pescar na região.
O grupo liderado pelo Japão pede a liberação da pesca às grandes baleias em todos os oceanos, proibida por uma moratória que entrou em vigor em 1986, e lutam contra toda iniciativa que limite a pesca. Por esta razão os japoneses tentam a qualquer custo evitar a criação do santuário no Atlântico Sul, que seria também um precedente para se criar um santuário no Pacífico Sul, proposta defendida pela Austrália e Nova Zelândia.
Os japoneses argumentam que podem explorar as espécies de grandes baleias sem ameaçá-las de extinção, através do que chama “pesca científica”. Segundo a Fundo Mundial para a Natureza (WWF), há atualmente cerca de 8 mil baleias no mundo, incluindo espécies em risco de desaparecimento.
Segundo representantes brasileiros nesta 56.ª Reunião Anual da CIB, o santuário do Atlântico Sul seria uma região livre de caça e com investimentos em atividades de turismo de observação e pesquisas. A delegação do Brasil levou à reunião uma carta assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo a criação do Santuário do Atlântico Sul.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/377829/visualizar/
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