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Politica Brasil
Quarta - 21 de Julho de 2004 às 09:40
Por: Maria Nascimento

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O coordenador-residente das Nações Unidas e representante do PNUD – o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Carlos Lopes, disse durante palestra no Auditório Milton Figueiredo (Plenarinho) na Assembléia Legislativa que Mato Grosso está na 9ª posição entre os estados brasileiros no Ìndice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Apesar de mostrar progresso constante, segundo Lopes, o estado apresenta índices que preocupam, como, por exemplo, distribuição de renda.

Com oito estados acima e 18 abaixo no ranking de IDH, Mato Grosso precisaria de seis anos, por exemplo, para alcançar o primeiro colocado neste índice, o Distrito Federal, e isso, se todos os demais estados mantivessem os índices atuais.

Mas os dados do estado não são tão desanimadores se observarmos, por exemplo, o item educação. “Neste item Mato Grosso estaria no índice superior, embora esteja em nível médio somando-se aos itens longevidade e renda”. Juntos os três itens definem o IDH, no relatório da ONU.

Carlos Lopes destacou a adoção do ICMS social como um avanço para o estado de Mato Grosso. “Um dado preocupa. Em 1991 os 20% mais pobres representavam 20.07%, agora são 21% e o ICMS social vem de encontro a essas realidades”, disse.

O presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PTB) lembrou que o ICMS social já começa a dar resultados em municípios de economias exauridas e frágeis. Entre esses, citou Poconé, Poxoréo e Alto Paraguai que tiveram aumento do repasse.

Além desse programa, o de micro-crédito e o Bolsa Universitária já assegurados em emendas à Lei de Diretrizes Orçamentárias poderão contribuir para reversão dos índices de desigualdades e conseqüente melhoria do IDH em Mato Grosso.

O relatório de desenvolvimento Humano (RDH) de 2004 atribui ao Brasil um IDH de valor 0, 775, colocando-o na 72ª posição, entre 177 países, acima apenas do Paraguai e Bolívia, entre os países da América Latina. De acordo com Lopes, os índices não podem ser comparados com o ano de 2003, quando o IDH brasileiro ficou em 65ª posição, porque houve mudança no cálculo de um dos índices que o compõem, a educação.

O IDH é calculado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) a partir das melhores séries de dados internacionais disponíveis na data de realização do relatório. No caso do Brasil, o governo foi responsável pelo fornecimento de dados. Segundo estes, há uma taxa de alfabetização de 86,4% e 13,6% de analfabetismo. O número de matriculados é de 92% em relação à população em idade escolar – 19ª maior taxa entre os países pesquisados-.

Juntas essas duas taxas – analfabetismo e matriculas – são combinadas e transformadas no sub-índice educação que ficou em 0,88 este ano, contra 0, 90, em 2003. No item longevidade foi registrada melhora, passado de 0,71 para 0,72. O mesmo aconteceu no subtendesse renda que era 0,72 e passou para 0,73.

O IDH médio mundial é de 0, 729, com 101 territórios acima e 76 abaixo da média.




Fonte: Assessoria/AL

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