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Politica Brasil
Quarta - 21 de Julho de 2004 às 08:54
Por: Noelma de Oliveira

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O senador Antero Paes de Barros (PSDB) recebeu a incumbência do partido de refutar os adversários do candidato tucano, deputado federal Wilson Santos. Ontem, o parlamentar fez um contraponto dos números divulgados recentemente pelo secretário de Finanças, Vivaldo Lopes.

De acordo com Vivaldo, a prefeitura tinham um endividamento equivalente a R$ 300 milhões com uma receita de R$ 90 milhões. O senador contesta a informação. Segundo Paes de Barros, em 1996, o Executivo tinha uma dívida fundada de R$ 56.135.233,25 com uma receita orçamentária de R$ 112.287.848,57. Quer dizer, a dívida correspondia a 49,9% da receita.

O senador retificou os números, segundo ele, com base no Balanço Geral da prefeitura de Cuiabá. Ele acrescentou que em 2003, sete anos depois, da administração do prefeito Roberto França, a dívida fundada aumentou para R$ 299.634.874,16 e a receita orçamentária alcançou R$ 357.398.667,55. “Ou seja, a dívida fundada aumentou o correspondente a 83,8% da receita”, diz o documento do tucano.

Conforme o levantamento tucano, a dívida da prefeitura aumentou em 293%, passando de R$ 135,7 milhões em 1996 para R$ 398,3 milhões em 2003. O secretário também alegou anteriormente, na entrevista concedida ao Diário no domingo, que antes da gestão Roberto França o Executivo não contabilizava e nem pagava suas dívidas.

A versão de Paes de Barros aponta que em 1996 o ex-prefeito coronel José Meirelles pagou o montante de R$ 10.681.624,92 de dívida. “O valor foi ligeiramente superior ao pago por França em 2002, que foi de R$ 10.591.920,01”, ressalta o documento apresentado pelo senador.

Enquanto foi colocado pela atual administração que a receita em 1996 foi de R$ 90 milhões, o senador diz que neste mesmo ano a receita foi de R$ 112.287.848,57. Para o tucano, o seu partido vai trabalhar com propostas, porém, alega que “não vai ter uma atuação que permita a prosperidade da mentira”.

“Roberto França não vai fazer uma campanha na base da mentira”, pontuou Paes de Barros. Pelos dados, ainda que informais do PSDB, nesta segunda questão, a prefeitura de Cuiabá deve ter algo em torno de 15 mil servidores públicos.

“Quando França assumiu o primeiro mandato em 1997 a prefeitura tinha sete mil servidores e ele dizia que era muito”, observou. Segundo ele, apesar da demanda de funcionários, o serviço público não melhorou. Ele acusa ainda que ocorre o “aparelhamento” na atual administração. “É colocar o cabo eleitoral dentro do serviço público”, alfineta.

Antero também fez um comparativo do empregado de recursos na folha pessoal da prefeitura de Cuiabá com relação as prefeituras com portes semelhantes, a exemplo de Aracaju (SE) e Campo Grande (MS), onde as despesas são inferiores a da capital mato-grossense.

Apesar das constatações, o senador tucano reafirmou que não vai fazer política com ataque pessoal, no entanto, vai responder a estes posicionamentos.




Fonte: Diário de Cuiabá

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