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Politica Brasil
Segunda - 19 de Julho de 2004 às 16:47
Por: Laurindo Neto

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Temendo a pressão de ambientalistas para amarrar o que seria a proposta de Desenvolvimento Sustentável no Eixo da BR-163, o deputado Silval Barbosa (PMDB), primeiro-secretário do Legislativo, classificou como absurda a decisão da ministra Marina Silva de cancelar a audiência pública que serviria para análise da do Plano Sustentável da rodovia.

De acordo com o cronograma do governo federal, as audiências teriam início no dia 19 e se estenderiam até o dia 23 de julho. Agora, uma nova agenda remete para o mês de agosto, nos dias 02, 04 e 06 em Guarantã do Norte (MT), Novo Progresso (PA) e Santarém (PA), a conclusão do relatório dos trabalhos de consultas públicas que foram realizadas nos dois Estados.

Na pauta da assembléia, metas para a inclusão social, através da geração de emprego e medidas para a conservação ambiental ao longo da Cuiabá-Santarém com estudo para pavimentação do trecho de aproximadamente 914 quilômetros.

Para Silval Barbosa, o motivo que gerou o cancelamento da audiência é o interesse de Ong’s em barrar o desenvolvimento sustentável nos Estados do Pará e Mato Grosso. “Falta personalidade do governo federal para assumir uma postura de risco, mas que garanta benefícios para a geração de emprego e renda no eixo da BR-163, através da indústria produtiva e do turismo”, cobra Silval Barbosa.

Segundo o deputado, a versão criada por ambientalistas de que a obra inacabada reduz o impacto ambiental, serve como pano de fundo para prejudicar a expansão dos negócios entre o setor produtivo e mercado europeu. “É mais um embargo econômico ao setor produtivo e aos cofres públicos do que uma medida de preservação ecológica” alega Silval.

A soja e a madeira lideram a lista de potencialidades para a exportação. Atualmente, os produtos têm o frete encarecido devido às péssimas condições da estrada. Ao longo dos 1.760 quilômetros até Santarém, no Pará, menos da metade da rodovia está pavimentada e mesmo assim, alguns trechos em péssimo estado de conservação. Com essas condições a competitividade do produto, não pela qualidade, mas, essencialmente, pela falta de estrutura na malha viária, tem seu comprometimento no preço final da safra.

“Nem sempre o produtor mato-grossense consegue fechar negociação por um preço que lhe permita investir mais nas próximas safras. Geralmente, os prejuízos são repassados para o bolso do consumidor que paga mais caro pelo produto”, avaliou.

Como resposta o setor produtivo se mobiliza para o próximo dia 27, em Brasília, para uma nova rodada de consulta pública. Lá, o segmento pretende justificar a viabilidade econômica e social da Cuiabá-Santarém com projetos de responsabilidades ambientais.




Fonte: Assessoria/AL

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