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Pode ser legal, ético não!
Não gosto de generalizar idéias e opiniões (corro o risco de ser injusto ou descortês), mas a grande maioria das pessoas não sabe distinguir o que é legal do que é ético e freqüentemente confunde seus significados.
Legal, além de ser uma gíria muito utilizada, está relacionada à legalidade, a lei jurídica, estabelecido, regulado, sancionado por alguma instituição ou pelo estado.
Ético é todo gesto ou atitude que faz parte de um conjunto de regras e preceitos de ordem moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Não sou tão habilidoso quanto o presidente Lula em paródias e exemplos, mas vamos a um exemplo prático para explicar a diferença entre ética e legalidade: Atualmente é muito comum nas cerimônias religiosas, os noivos escolherem dez, doze até quinze padrinhos, de cada lado, para ganharem mais presentes de casamento. É uma atitude legal, permitida pela legislação, pelas igrejas e aceita pela sociedade como normal, no entanto, eu particularmente, acho que não é ético. Ético seria convidar para padrinho as pessoas com quem você tem uma convivência sadia, harmoniosa e prazerosa, independente de sua condição social, idade, raça ou crença religiosa.
Nesta semana, li uma entrevista do Presidente Nacional do PT, José Genoíno, defendendo seu partido e o presidente Lula, de uma denúncia dos partidos de oposição ao governo, envolvendo a famosa dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano. A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado está pedindo explicações ao presidente do Banco do Brasil sobre um patrocínio de 5 milhões de reais para a turnê do show dos cantores.
Até aí tudo bem, é legal e ético uma empresa como o Banco do Brasil apoiar artistas de grande apelo popular como Zezé Di Camargo e Luciano. Além de patrocinar um espetáculo cultural, estão investindo em publicidade e no ganho de imagem da marca.
Porém (sempre há um porém!), a famosa dupla sertaneja participou ativamente da campanha do então candidato Lula, cobrando preços abaixo do mercado. Além disso, segundo noticiou a imprensa, fizeram um show em São Paulo e outro em Brasília para arrecadarem recursos para construção da sede do PT. Até aí tudo dentro da legalidade, mas e a moral, onde fica? É Ético?
Alguns candidatos à eleição em Mato Grosso, dentre eles o candidato a prefeito de Cuiabá Sérgio Ricardo, continuam apresentando seus programas de televisão. É totalmente legal, pois a legislação eleitoral ampara tal situação. Agora vem a pergunta: é ético?
Na última semana, o Governador Blairo Maggi permitiu que seu candidato a prefeito de Rondonópolis participasse, na qualidade de visitante, da inauguração de uma escola na cidade. O presidente Lula fez o mesmo, na mesma semana, com seu candidato a prefeito da cidade de Campinas, durante a inauguração de uma fábrica de celulares da Sansung. Pode ser legal, mas é ético?
Pode até soar antiquado ou leso, mas continuo achando que obter uma vantagem ou privilégio que não sejam normalmente concedidos num relacionamento comercial, profissional ou pessoal a qualquer pessoa, não é ético.
Como o tema é contraditório e polêmico, sugiro a utilização da regrinha básica em qualquer situação de dúvida (se é legal e ético), faça para si mesmo a pergunta: Gostaria que fizessem comigo o que estou fazendo ou propondo ao outro?
João Carlos Caldeira Empresário, jornalista, especialista em administração de turismo, hotelaria e lazer. E-mail : joaocmc@terra.com.br
Legal, além de ser uma gíria muito utilizada, está relacionada à legalidade, a lei jurídica, estabelecido, regulado, sancionado por alguma instituição ou pelo estado.
Ético é todo gesto ou atitude que faz parte de um conjunto de regras e preceitos de ordem moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Não sou tão habilidoso quanto o presidente Lula em paródias e exemplos, mas vamos a um exemplo prático para explicar a diferença entre ética e legalidade: Atualmente é muito comum nas cerimônias religiosas, os noivos escolherem dez, doze até quinze padrinhos, de cada lado, para ganharem mais presentes de casamento. É uma atitude legal, permitida pela legislação, pelas igrejas e aceita pela sociedade como normal, no entanto, eu particularmente, acho que não é ético. Ético seria convidar para padrinho as pessoas com quem você tem uma convivência sadia, harmoniosa e prazerosa, independente de sua condição social, idade, raça ou crença religiosa.
Nesta semana, li uma entrevista do Presidente Nacional do PT, José Genoíno, defendendo seu partido e o presidente Lula, de uma denúncia dos partidos de oposição ao governo, envolvendo a famosa dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano. A Comissão de Fiscalização e Controle do Senado está pedindo explicações ao presidente do Banco do Brasil sobre um patrocínio de 5 milhões de reais para a turnê do show dos cantores.
Até aí tudo bem, é legal e ético uma empresa como o Banco do Brasil apoiar artistas de grande apelo popular como Zezé Di Camargo e Luciano. Além de patrocinar um espetáculo cultural, estão investindo em publicidade e no ganho de imagem da marca.
Porém (sempre há um porém!), a famosa dupla sertaneja participou ativamente da campanha do então candidato Lula, cobrando preços abaixo do mercado. Além disso, segundo noticiou a imprensa, fizeram um show em São Paulo e outro em Brasília para arrecadarem recursos para construção da sede do PT. Até aí tudo dentro da legalidade, mas e a moral, onde fica? É Ético?
Alguns candidatos à eleição em Mato Grosso, dentre eles o candidato a prefeito de Cuiabá Sérgio Ricardo, continuam apresentando seus programas de televisão. É totalmente legal, pois a legislação eleitoral ampara tal situação. Agora vem a pergunta: é ético?
Na última semana, o Governador Blairo Maggi permitiu que seu candidato a prefeito de Rondonópolis participasse, na qualidade de visitante, da inauguração de uma escola na cidade. O presidente Lula fez o mesmo, na mesma semana, com seu candidato a prefeito da cidade de Campinas, durante a inauguração de uma fábrica de celulares da Sansung. Pode ser legal, mas é ético?
Pode até soar antiquado ou leso, mas continuo achando que obter uma vantagem ou privilégio que não sejam normalmente concedidos num relacionamento comercial, profissional ou pessoal a qualquer pessoa, não é ético.
Como o tema é contraditório e polêmico, sugiro a utilização da regrinha básica em qualquer situação de dúvida (se é legal e ético), faça para si mesmo a pergunta: Gostaria que fizessem comigo o que estou fazendo ou propondo ao outro?
João Carlos Caldeira Empresário, jornalista, especialista em administração de turismo, hotelaria e lazer. E-mail : joaocmc@terra.com.br
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/378081/visualizar/
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