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Politica Brasil
Segunda - 12 de Julho de 2004 às 08:01
Por: Romilson Dourado

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Eles foram privilegiados pela emenda da reeleição e conseguiram conquistar o segundo mandato consecutivo nas urnas de 2000. Hoje, a cinco meses de concluir os oito anos de mandato, 45 dos atuais 139 prefeitos mato-grossenses já fazem novos planos políticos.

Considerados grandes lideranças, 10 deles comandam as principais cidades-pólos - , e estão de fora da disputa porque a legislação não permite concorrer, consecutivamente, ao terceiro mandato de chefe de executivo. Com isso, deixam o gabinete de olho nas eleições de 2006, levando os analistas a concluírem, desde já, que o próximo pleito será o mais competitivo das últimas três décadas.

Para não saírem de cena durante os próximo dois anos, os sem mandatos assumirão direções partidárias. Com essa estratégia, passarão a liderar discussões internas e restruturar seus partidos e as próprias pré-candidaturas por todo o Estado.

O prefeito de Cuiabá, Roberto França (PPS), por exemplo, sonha na única vaga que será aberta ao Senado em 2006. Para dar sustentabilidade ao projeto, precisa eleger como sucessor no Palácio Alencastro o seu afilhado político Sérgio Ricardo. Pela lógica, uma derrota do candidato da situação na Capital, levará França a repensar o projeto, podendo optar por candidatura a deputado federal, cargo que já ocupou ante ser prefeito.

Jaime Campos (PFL), que conclui em dezembro o terceiro mandato de prefeito de Várzea Grande (o segundo consecutivo), é pré-candidato natural a deputado federal. Dependendo do resultado das eleições municipais, pode até trabalhar projeto à senatória ou para governador. Antes, terá também que mostrar força política como cabo eleitoral do primo, o deputado Campos Neto. Caso seu grupo seja derrotado em Várzea Grande, município que a família Campos comanda há quase cinco séculos, Jaime poderá até enterrar o seu futuro político.

Em Rondonópolis, segunda maior economia do Estado, o prefeito Percival Muniz "costura" candidatura de deputado federal, cargo que já ocupou. Tem apoio do governador Blairo Maggi que, em 2006, estará no último ano de mandato. Para consolidar o projeto, Muniz aposta todas as fichas na eleição para prefeito do empresário Adilton Sachett (PPS).

O prefeito de Barra do Garças, Wanderlei Farias (PL) disse que vai se desvincular da vida pública. Apesar de ter perfil mais voltado ao executivo, seu nome é defendido para deputado estadual.

Entre as principais lideranças do Nortão, os atuais prefeitos peemedebistas José Domingos (Sorriso) e Luthero Siqueira (Guarantã do Norte) devem estar no páreo em 2006 para cargo no legislativo, de deputado estadual ou federal.

Depois de dois mandatos de prefeito de Lucas do Rio Verde, o empresário rural Otaviano Pivetta (PPS), amigo pessoal do governador, é motivado a disputar cadeira na Câmara Federal. Só deve recuar do projeto se o seu amigo, Helmute Lawish (PFL), que em 2002 conquistou 58.051 votos e ficou na primeira suplência, for escolhido como o candidato do grupo para representar o Médio-Norte.

Ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Érico Piana (PL), após três mandatos de prefeito de Primavera do Leste, também é cotado para atuar como legislador. Em princípio, estaria pretenso a concorrer para deputado estadual. Seu grupo político o incentiva a trabalhar projeto à Câmara Federal.

O prefeito de Alta Floresta, Romoaldo Júnior (PL) desistiu da disputa à reeleição, mas está disposto a disputar cargo eletivo em 2006. Dependendo da análise familiar, pode tentar vaga de federal, enquanto o irmão Juliano Jorge, hoje ocupando vaga na Assembléia no lugar do titular Jota Barreto, buscará nova candidatura para estadual.




Fonte: A Gazeta

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