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Politica Brasil
Sábado - 10 de Julho de 2004 às 15:25

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A direção regional do PMDB oficializou ontem, em nota, que a candidata do partido à prefeitura de Cáceres é a arquiteta Fernanda Martins. Dirigentes da legenda alegam que a colocação de qualquer outro nome ocorrer apenas para enganar a população. O Diretório Estadual ameaça inclusive responsabilizar criminalmente o ex-dirigente municipal do partido, José Araújo, que conduziu uma convenção paralela, na qual referendou seu nome na disputa.

O esclarecimento foi feito ontem pela direção estadual do PMDB ao explicar o impasse envolvendo a indicação para candidato do partido a prefeito de Cáceres. Mesmo com a confirmação oficial da candidatura

de Fernanda Martins, o ex-presidente do PMDB no município, José Araújo, teria se lançado candidato à revelia do partido e da própria justiça.

"Passaram por cima da justiça, que já não reconhece qualquer legitimidade deste grupo em falar em nome do PMDB, e realizaram uma convenção fraudulenta para registrar depois no cartório eleitoral uma

verdadeira farsa", informa o atual presidente da Comissão Provisória do PMDB de Cáceres, ex-prefeito Valter Fidélis.

O pedido de registro da candidatura de Araújo já foi encaminhado pela justiça de Cáceres à Polícia Federal, o que caracteriza o descumprimento de um mandado de segurança que impedia o grupo do ex- presidente de falar em nome do PMDB no município. "Agora a Polícia Federal deve abrir inquérito e os envolvidos devem ser denunciados em uma ação penal", esclarece Fidélis. A questão da candidatura do PMDB em Cáceres chegou ao impasse porque a maioria do antigo diretório

municipal, comandado por José Araújo, estava conduzindo o partido para uma coligação com o PP do ex-secretário de Turismo do Estado, Ricardo Henry. As bases do partido no município, porém, segundo Valter Fidélis, queriam uma candidatura própria.

"Foi aí que surgiu o nome da Fernanda, que é filha de um ex-prefeito de Cáceres, Ernani Martins. Ela aceitou o desafio de enfrentar a disputa eleitoral e os que estavam entregando o partido para outros em troca de favores não aceitaram e reagiram", explica Valter Fidélis.

Na prática, isso significa que não existe candidatura de José Araújo pelo PMDB - segundo avaliação da assessora jurídica do partido. A candidatura lançada, na verdade, além de ilegal seria uma "anticandidatura", pois está sendo encaminhada pelo grupo que apóia Ricardo Henry.




Fonte: Diário de Cuiabá

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