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Politica Brasil
Quinta - 08 de Julho de 2004 às 18:40
Por: Adilson Rosa

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Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) têm certeza de que o advogado Anderson Eustáquio da Costa, de 27 anos, não está escondido. Desde a semana passada, quando desapareceu, ele não entrou mais em contato com a família nem com colegas de trabalho.

Além disso, nesse tempo, não houve movimentação bancária – a última conta que pagou foi a da boate à qual levou Taíssa Jaune, de 18 anos, que morreria naquela madrugada ao cair do prédio onde mora. No dia em que desapareceu Anderson saiu com a roupa do corpo, o que descarta a hipótese de que tivesse interessado em viajar.

“O Anderson trabalha num escritório de advocacia e tem atividades na OAB. Ele tem responsabilidade. Não ficaria tanto tempo sem entrar em contato”, disse ontem o advogado Maciel Fonseca, membro do Tribunal de Defesa e Prerrogativa, designado pela OAB para acompanhar o caso.

Fonseca lembrou que, no dia em que desapareceu, Anderson tinha uma reunião da comissão marcada para as 18h30 na sede da OAB no Centro Político Administrativo.

“Ele (Anderson) confirmou com a secretária que iria participar da reunião. Como não veio, estranhamos a sua ausência. O celular não estava ligado. Sempre que ligávamos, a chamada caía na caixa postal”, acrescentou.

A última pessoa que esteve com Anderson foi seu amigo, o estudante Leonardo Jaune, irmão de Taíssa, que o buscou num Polo vermelho, por volta das 18h30 do dia 29 de junho. Eles iam na casa de amigos. O encontro foi confirmado pelo porteiro do prédio onde mora o advogado.

Leonardo disse aos policiais da DHPP que Anderson mudou de idéia e pediu para ser levado de volta para casa, pois tinha uma reunião na OAB. Anderson foi deixado na esquina da avenida do CPA, cerca de 50 metros distante do prédio onde mora.

O delegado João Bosco de Barros disse que, no local onde o advogado foi deixado, não foi possível localizar alguma testemunha que comprovaria – ou não – o relato de Leonardo.

Familiares do advogado informaram que Leonardo não os procurou. Em entrevista ao Diário ontem, o irmão de Anderson, o também advogado Hudson da Costa, afirmou que, ao contrário do que foi divulgado, não isentou Leonardo no caso. “Eu apenas não o culpo. Quem tem que isentar ou não é a polícia”, disse Hudson, que desde o desaparecimento do irmão pediu licença em seu emprego para ficar com os pais.




Fonte: Diário de Cuiabá

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