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Tecnologia
Quarta - 07 de Julho de 2004 às 11:56

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O comércio mundial de versões ilegais de programas como o Windows XP, Adobe Photoshop e outros rendeu aos piratas receitas de US$ 29 bilhões em 2003, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira.

De acordo com a BSA (Business Software Alliance, entidade que procura combater a pirataria), as vendas de programas piratas são equivalentes a 60% das vendas de softwares originais, que em 2003 faturaram US$ 51 bilhões.

Desde o surgimento da internet, empresas que desenvolvem programas e companhias do setor de entretenimento --como gravadoras e os estúdios de Holywood-- têm assistido a um rápido crescimento da pirataria digital, que facilita a transferência de arquivos.

Peer-to-peer

"Programas de compartilhamento de arquivos (como o Kazaa e o Morpheus) têm se tornado um grande problema para nós", disse Jeffrey Hardee, diretor da BSA para a região da Ásia e Pacífico.

A organização tem investido grandes quantias de dinheiro para evitar que os usuários instalem programas ilegais --desde sistemas operacionais até programas de design gráfico, como o Adobe Photoshop e o Corel Draw. A BSA também trabalha com a polícia para capturar quadrilhas de piratas.

Em abril, autoridades na Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido desmantelaram um grupo que distribuía programas na internet e apreendeu material ilegal avaliado em US$ 50 milhões.

Crescimento

O estudo da BSA foi conduzido pela IDC, instituto especializado em pesquisas e análises do mercado de tecnologia. De acordo com a pesquisa, 36% de todos os softwares vendidos no ano passado eram cópias piratas. Em 2002, o índice de pirataria era de 34%, de acordo com o instituto.

O Leste Europeu foi a região que registrou o maior índice de uso de software ilegal, 70%, seguido da América Latina (com 63% de aplicativos piratas), Oriente Médio (55%), Leste Europeu (36%), Ásia (50%), Europa (36%) e América do Norte (23%).

As perdas financeiras, entretanto, foram maiores na Europa, onde programas piratas avaliados em US$ 9,6 milhões foram instalados nos computadores dos usuários. Na Ásia e América do Norte as perdas registradas também foram altas.

De acordo com o estudo, apesar de os índices de pirataria serem menores nessas regiões, as empresas faturam mais e, conseqüentemente, perdem mais.

China e Vietnã são capitais mundiais da pirataria --mais de 90% dos programas instalados nos dois países são ilegais, revela o estudo.




Fonte: Reuters

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