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Politica Brasil
Terça - 06 de Julho de 2004 às 14:57
Por: Joanice de Deus

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A autorização para o funcionamento de três linhas de ônibus sem passar pelo Terminal de Integração André Maggi, em Várzea Grande, levou a Secretaria Municipal de Transporte e Transporte (STU/VG) a determinar a apreensão dos ônibus da empresa Arara Azul, que faz os itinerários. As novas opções foram autorizadas pela Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso (Ager) e começaram a funcionar no último domingo.

Três ônibus foram apreendidos ontem pela manhã e encaminhados para o pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), em Cuiabá. O secretário da STU, Luiz Nelson, disse que as linhas foram criadas sem que o município fosse ouvido e consultado. “A Ager tomou decisão unilateral”, disse, lembrando que a decisão é uma contradição à integração do sistema de transporte coletivo e descompensa que vai para o terminal.

Segundo a Ager, as linhas foram criadas atendendo reivindicação dos usuários de bairros como o Nova Esperança, Jardim Ipê e Jardim Imperial. Foram criadas linhas expressas saindo do bairro Nova Esperança/Centro de Cuiabá (via Jardim Imperial, passando pela avenida Ulisses Pompeo de Campos e Ponte Júlio Müller), e do Asa Bela/Centro (via Ulisses Pompeu e Ponte Júlio Müller). Foi mantida ainda uma terceira linha, a Asa Bela/Centro de Cuiabá (via ponte Mário Andreazza e que atende os passageiros do Jardim Imperial).

De acordo com a assessoria de comunicação da Ager, 20 mil usuários fizeram um abaixo-assinado e entraram com um pedido no Ministério Público (MP) para que não precisassem passar pelo terminal. “A Ager está apenas atendendo o usuário”, garantiu a assessoria.

A Ager considerou uma arbitrariedade a apreensão dos ônibus por parte da STU, já que se trata de transporte intermunicipal cuja responsabilidade é da Agência Estadual, conforme a assessoria de comunicação.

Representante dos usuários e moradora do Jardim Imperial, Elisa Mendonça disse que os moradores não são contra a integração. O problema, segundo ela, é a baldeação. “Você pega um ônibus no bairro e é obrigado a descer no terminal. Lá você pega outro veículo já lotado, sem falar que o usuário acaba chegando atrasado no trabalho”, afirmou. “O problema é a baldeação, que traz transtorno para o usuário”, acrescentou.

Para discutir o problema, está prevista uma reunião hoje à tarde no Ministério Público, entre a Ager, STU e representantes usuários do transporte coletivo.

Ainda no domingo, o usuário do transporte coletivo dos bairros Asa Bela, Jardim Marajoara, Cidade de Deus e São Mateus com destino ao CPA I, Osmar Cabral e Três Barras, na Capital, também começaram a passar pelo terminal.




Fonte: Diário de Cuiabá

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