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Redução de CO2 permitiu a plantas ter folhas
São Paulo - Nem sempre as plantas tiveram folhas, e foi preciso a combinação de algumas condições para que elas se tornassem semelhantes ao que são hoje. Uma das condições foi a redução do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera terrestre, segundo estudo que acaba de ser publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Cientistas das universidades britânicas de Sheffield e de Londres estudaram 300 fósseis de uma ampla variedade de plantas e constataram que a média do tamanho das folhas aumentou em 25 vezes no período de 340 milhões a 380 milhões de anos atrás, exatamente no intervalo em que caiu o nível de CO2. O declínio do dióxido de carbono ocorreu na Era Paleozóica, de 540 milhões de anos a 250 milhões de anos atrás.
Em duas espécies os pesquisadores observaram que o aumento repentino no tamanho das folhas coincidiu com uma elevação de oito vezes no número de estômatos - os poros que absorvem CO2. Os cientistas acreditam que, enquanto havia grande concentração de dióxido de carbono no ar, as plantas não precisavam de folhas e seus estômatos para absorvê-lo em quantidade.
E nem poderiam absorver muito CO2, porque não tinham como expelir o vapor resultante deste processo, o que causaria um superaquecimento da planta. As folhas e seus estômatos, portanto, foram uma solução adequada para captar o dióxido de carbono em quantidade ideal e também para liberar o vapor, resfriando o organismo.
As plantas vasculares tinham todos os pré-requisitos para desenvolver folhas há pelo menos 400 milhões de anos, mas isso só ocorreu 50 milhões de anos depois, coincidindo com o declínio do CO2 na atmosfera terrestre.
“A queda nos níveis de CO2 pode ter levantado uma barreira, permitindo a evolução das folhas da mesma forma que o aumento de oxigênio levou à explosão dos invertebrados no Período Cambriano”, concluíram os autores C. P. Osborne, D. J. Beerling, B. H. Lomax e W. G. Chaloner.
Cientistas das universidades britânicas de Sheffield e de Londres estudaram 300 fósseis de uma ampla variedade de plantas e constataram que a média do tamanho das folhas aumentou em 25 vezes no período de 340 milhões a 380 milhões de anos atrás, exatamente no intervalo em que caiu o nível de CO2. O declínio do dióxido de carbono ocorreu na Era Paleozóica, de 540 milhões de anos a 250 milhões de anos atrás.
Em duas espécies os pesquisadores observaram que o aumento repentino no tamanho das folhas coincidiu com uma elevação de oito vezes no número de estômatos - os poros que absorvem CO2. Os cientistas acreditam que, enquanto havia grande concentração de dióxido de carbono no ar, as plantas não precisavam de folhas e seus estômatos para absorvê-lo em quantidade.
E nem poderiam absorver muito CO2, porque não tinham como expelir o vapor resultante deste processo, o que causaria um superaquecimento da planta. As folhas e seus estômatos, portanto, foram uma solução adequada para captar o dióxido de carbono em quantidade ideal e também para liberar o vapor, resfriando o organismo.
As plantas vasculares tinham todos os pré-requisitos para desenvolver folhas há pelo menos 400 milhões de anos, mas isso só ocorreu 50 milhões de anos depois, coincidindo com o declínio do CO2 na atmosfera terrestre.
“A queda nos níveis de CO2 pode ter levantado uma barreira, permitindo a evolução das folhas da mesma forma que o aumento de oxigênio levou à explosão dos invertebrados no Período Cambriano”, concluíram os autores C. P. Osborne, D. J. Beerling, B. H. Lomax e W. G. Chaloner.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/378741/visualizar/
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