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Politica Brasil
Segunda - 05 de Julho de 2004 às 14:10
Por: Eugênia Lopes

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Mais de 17% dos 513 deputados federais estão dispostos a trocar a atividade na Câmara concorrendo às prefeituras nas próximas eleições, sem risco de perder o mandato nem o salário. Na maioria dos casos, o objetivo desses parlamentares é o de montar um cenário político favorável para 2006, seja para disputar a reeleição para Câmara, seja para se cacifar na corrida ao governo do Estado ou para o Senado.

Tanto é assim que dos 89 deputados candidatos em 3 de outubro, 31 pleiteiam o comando de capitais, disputa que lhes dá grande projeção nacional com em programas de debate e no horário eleitoral gratuito.

Até mesmo os senadores, que enfrentam uma eleição majoritária para chegar ao Congresso, não abrem mão de entrar na corrida municipal. Nas próximas eleições nada menos do que 5 senadores estão disputando a prefeitura de 4 capitais.

E se forem eleitos terão de abdicar de 6 anos de mandato no Senado. "Para mim vai ser um orgulho imenso administrar a cidade onde nasci e me criei. Para mim política não é carreira e Belém merece ter uma mulher cuidado da cidade", justifica a senadora Ana Júlia Carepa (PT-PA), que disputará a prefeitura da capital paraense com seu colega de Senado Duciomar Costa, candidato do PTB.

Com dois anos de mandato pela frente, mas de olho na corrida pelo governo estadual em 2006, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), não pensou duas vezes em sair candidato a vice-prefeito à Prefeitura de São Paulo na chapa encabeçada pela também deputada Luiza Erundina (PSB).

Segundo peemedebistas, Temer fechou um acordo com Erundina para, nas eleições gerais de 2006, ter o apoio do PSB à sua candidatura ao governo do Estado.

Há 18 anos ocupando uma cadeira na Câmara, Temer reconhece que a vida de parlamentar é bem mais tranqüila do que no Executivo. Mas, usa o mesmo argumento da maioria dos parlamentares candidatos para explicar a troca da Câmara pela eventual vice-prefeitura de São Paulo: "No Executivo o trabalho é mais visível.

Mesmo sem almejar vôos maiores nas eleições de 2006, o líder do PSDB na Câmara, Custódio Mattos (MG), é outro que está disposto a deixar a Câmara pela prefeitura de Juiz de Fora. Ele admite, no entanto, que a decisão foi difícil. "Fui escolhido líder este ano e sei que, na Câmara, tenho uma situação de muito maior relevância do que se for eleito para prefeitura. Mas, no Congresso tudo é muito mais lento e menos concreto. Na prefeitura o desafio é maior", diz o tucano, que já comandou Juiz de Fora entre 1993 e 1996.




Fonte: Estadão.com

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