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A Morte de Ivan Iltich
O livro escrito por Leon Tolstoi, “A morte de Ivan Ilitich”, é considerado a obra artística mais perfeita da história mundial, a agonia de um juiz ao saber que esta com uma doença incurável e próximo da morte, ou seja, o destino de cada um de nós.
Ivan Ilitch um homem de meia idade, sem grandes qualidades ou defeitos, que vive uma existência inútil. Um burocrata russo, frio, pacato e acima de tudo banal, juiz de um tribunal onde, julgava o destino das pessoas da maneira mais asséptica e impessoal possível.
E subitamente vê-se doente, uma doença terrível de cura e diagnóstico impossível, e com dores cada vez mais crescentes, incontroláveis, angustiantes e a certeza de estar cada vez mais próximo da morte, e que é inevitável. Esse é o ponto de partida para um sofrimento atroz, que o persegue por meses.
Levava uma vida irrepreensível, atento às oportunidades profissionais, pai de família, com amigos, ambições mundanas normais, um cidadão comum, sua vida ficava por conta do ditado francês Il faut que la jeunesse se passe (é preciso viver a juventude). O modo como Ivan Ilitch se aproxima da morte é o resultado de uma vida sem vida, a morte, é o abismo negro para o qual todos caminhamos com ou sem consciência, e ela se abre diante do personagem, que começa a perceber a futilidade de sua existência, a falsidade nas conquistas.
Então começa uma critica a sociedade, pela sua hipocrisia, o egoísmo humano e a banalidade de nossas vidas. Aos que se julgam doutores, e tem um ar que sabem tudo, quando na verdade não sabem nada.
Começa então afundar em sofrimento, medo, angustia, desespero, pânico, seu ódio é contra os outros e contra si mesmo, pois ele percebe que falta pouco para se perder no nada. Mas uma hora antes de sua morte, o seu ódio desaparece, seu filho que entrara silenciosamente, segurou suas mãos e apertou-as sem seus lábios.
Nesse momento Ivan Ilitch encontra a luz, percebe que sua vida não foi o que deveria ter sido, que todas as suas conquistas não tinham a real importância que ele as dava, que todos os que estavam ao seu lado sofriam com seu malogro.
A novela narrada por Leon Tostoi, nos revela a brutalidade de uma vida despersonalizada, por mais correto que Ivan Ilitch tenha sido, em seus relacionamentos profissionais e pessoais, exemplo para os critérios sociais.
Devemos abrir nossa vida para o fim, pois a partir deste novo fim recriamos a vida toda, descobrimos e conferimos um sentido até mesmo àquilo que não tinha sentido. Só assim daremos um maior sentido para as pequenas coisas que acontece com cada um de nós todos os dias de nossas vidas.
Bibliografia: • Tostoi, Leon, conde, 1828-1910 – A morte de Ivan Ilitch / Leon Nikolaievitch Tostoi; tradução de Vera Karam. – Porto Alegre: L&PM, 2002.
RENATO RIBEIRO VELLOSO (renatov@matrix.com.br) Sub-Coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Acadêmico da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo – OAB SP e Membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCrim.
Ivan Ilitch um homem de meia idade, sem grandes qualidades ou defeitos, que vive uma existência inútil. Um burocrata russo, frio, pacato e acima de tudo banal, juiz de um tribunal onde, julgava o destino das pessoas da maneira mais asséptica e impessoal possível.
E subitamente vê-se doente, uma doença terrível de cura e diagnóstico impossível, e com dores cada vez mais crescentes, incontroláveis, angustiantes e a certeza de estar cada vez mais próximo da morte, e que é inevitável. Esse é o ponto de partida para um sofrimento atroz, que o persegue por meses.
Levava uma vida irrepreensível, atento às oportunidades profissionais, pai de família, com amigos, ambições mundanas normais, um cidadão comum, sua vida ficava por conta do ditado francês Il faut que la jeunesse se passe (é preciso viver a juventude). O modo como Ivan Ilitch se aproxima da morte é o resultado de uma vida sem vida, a morte, é o abismo negro para o qual todos caminhamos com ou sem consciência, e ela se abre diante do personagem, que começa a perceber a futilidade de sua existência, a falsidade nas conquistas.
Então começa uma critica a sociedade, pela sua hipocrisia, o egoísmo humano e a banalidade de nossas vidas. Aos que se julgam doutores, e tem um ar que sabem tudo, quando na verdade não sabem nada.
Começa então afundar em sofrimento, medo, angustia, desespero, pânico, seu ódio é contra os outros e contra si mesmo, pois ele percebe que falta pouco para se perder no nada. Mas uma hora antes de sua morte, o seu ódio desaparece, seu filho que entrara silenciosamente, segurou suas mãos e apertou-as sem seus lábios.
Nesse momento Ivan Ilitch encontra a luz, percebe que sua vida não foi o que deveria ter sido, que todas as suas conquistas não tinham a real importância que ele as dava, que todos os que estavam ao seu lado sofriam com seu malogro.
A novela narrada por Leon Tostoi, nos revela a brutalidade de uma vida despersonalizada, por mais correto que Ivan Ilitch tenha sido, em seus relacionamentos profissionais e pessoais, exemplo para os critérios sociais.
Devemos abrir nossa vida para o fim, pois a partir deste novo fim recriamos a vida toda, descobrimos e conferimos um sentido até mesmo àquilo que não tinha sentido. Só assim daremos um maior sentido para as pequenas coisas que acontece com cada um de nós todos os dias de nossas vidas.
Bibliografia: • Tostoi, Leon, conde, 1828-1910 – A morte de Ivan Ilitch / Leon Nikolaievitch Tostoi; tradução de Vera Karam. – Porto Alegre: L&PM, 2002.
RENATO RIBEIRO VELLOSO (renatov@matrix.com.br) Sub-Coordenador do Núcleo de Desenvolvimento Acadêmico da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção de São Paulo – OAB SP e Membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais – IBCCrim.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/378951/visualizar/
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