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Politica Brasil
Sexta - 02 de Julho de 2004 às 11:58
Por: Luciana Giradelo

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Excluídos, por opção ou não, do processo decisório das cúpulas partidárias, lideranças políticas e empresariais vivem um momento de reflexão sobre o rumo a ser tomado nas eleições municipais. Dos agentes políticos entrevistados, apenas o ex-secretário de Obras de Cuiabá, Marcelo Oliveira (PMDB), assumiu que vai trabalhar em nome do candidato Sérgio Ricardo (PPS). Outros, como o empresário Robério Garcia (PTB), querem um tempo para descansar da turbulência das convenções partidárias. O posicionamento político desses chamados “dissidentes” ainda deverá incomodar muitos dirigentes partidários.

Ex-secretário de Obras do prefeito Roberto França, “Marcelo Padeiro” confirmou que será fiel ao chefe do Executivo Municipal. “Jamais estaria contra o prefeito. A coerência é uma marca da vida pública. Vou apoiar o candidato do prefeito Roberto França”, revelou. Oliveira ressaltou que a fidelidade ao socialista foi demonstrada desde a desistência da candidatura a prefeito pelo PMDB quando se decidiu que o partido seria adversário do PPS nas urnas.

O empresário Jorge Pires de Miranda (PFL) afirmou que ainda está em recesso da vida política. Desde a semana passada, ele está na fazenda da família e deverá retornar a Cuiabá no sábado. Pires não quis fazer qualquer projeção futura sob a justificativa de estar alheio aos acontecimentos políticos da capital. “Na semana que vem, vou me inteirar, nem conversei com o partido ainda”, disse. Jorge Pires recuou da candidatura a prefeito pela coligação com o PPS, mas se nega a apoiar Sérgio Ricardo.

Isenção no processo eleitoral de Cuiabá é uma postura a ser adotada pelo empresário Mauro Mendes (PPS), que também rejeita o nome de Ricardo, e pelo ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ussiel Tavares. Descontente com o desprezo do partido, Tavares tende a apoiar Wilson Santos (PSDB), ainda que negue oficialmente essa possibilidade. Os dois vão expressar suas preferências nas urnas. O secretário de Saúde da capital, Luiz Soares, também dissidente do PV, tem propensão de acompanhar o prefeito Roberto França.

O empresário Robério Garcia (PTB), que discordou da decisão da cúpula em apoiar Sérgio Ricardo, alegou que precisa de um tempo para descanso. Apesar de não declarar oficialmente se apoiará Wilson Santos, Garcia admitiu que não defenderá o nome de Ricardo. “Com certeza, eu não vou para a campanha que o partido escolheu”, avisou. Ele vai apoiar somente a chapa de vereadores do partido. O deputado Carlos Brito, por sua vez, pensa em deixar o partido após as sisões internas com a impugnação de sua candidatura.




Fonte: Diário de Cuiabá

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