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Politica Brasil
Terça - 29 de Junho de 2004 às 13:28

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A comissão delegados formada para concluir o inquérito policial que apura os crimes de extorsão e cárcere privado cometidos pelo vereador e vice-presidente da Câmara de Maceió, Jaudeni Coutinho (PSB), e mais cinco policiais civis de Alagoas deve ouvir quatro depoimentos hoje.

Os depoimentos acontecerão na Secretaria de Defesa Social. A comissão, presidida pelo delegado Cícero Lima, já ouviu alguns depoimentos e vai acompanhar o caso do vereador e do chefe do 11º Distrito Policial, Nivaldo Accioly, além de um policial militar, que foram presos em flagrante e indiciados pelos crimes de extorsão mediante seqüestro. Eles teriam prendido dois pernambucanos que negociaram a venda de um trator roubado ao parlamentar.

No último dia 23, o vereador e vice-presidente da Câmara de Vereadores de Maceió, Jaudeni Coutinho (PSB), e o chefe de 11º distrito policial, Nivaldo Accioly, foram presos em flagrante por estarem mantendo presos, desde o dia 17 de junho, na Fundação Jaudeni Coutinho, no bairro do Prado, em Maceió, dois pernambucanos: Flávio Freire e Sávio Gomes Torres.

Eles estavam presos por causa de uma dívida de R$ 117 mil, referente à compra de um trator, que foi paga. O problema é que a máquina era roubada e o parlamentar exigiu a devolução do dinheiro pago pela mercadoria. Como não houve devolução, o vereador conseguiu a ajuda de policiais civis alagoanos para ir até o Estado de Pernambuco e trazer os vendedores para Alagoas, mantendo-os em cárcere privado.

Segundo a polícia, Sávio e Flávio foram presos sem ordem judicial, nem prisão em flagrante, pelo delegado do 11º DP, Moisés Marcelo, que já foi afastado. Se for comprovada a participação dele, ele será exonerado do cargo.

O crime de extorsão também é ventilado porque a polícia tem uma fita, que ainda vai ser periciada pelo Instituto de Criminalística de Alagoas, onde o vereador estaria pedindo de volta, por telefone, o valor da máquina à família de Sávio e Flávio, dizendo que se o valor não fosse pago, os dois homens continuariam presos na sua fundação.

No último sábado, o vereador foi solto, após três dias preso na sede do Tigre, em Maceió, por que o juiz José Cícero Alves da Silva concedeu liberdade provisória a ele. Os delegados pretendem concluir o inquérito até a próxima sexta-feira e enviá-lo à Justiça.




Fonte: Agência Nordeste

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