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Politica Brasil
Terça - 29 de Junho de 2004 às 12:58
Por: Luiz Acosta/Paulo Coelho

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O deputado Carlos Brito pode não disputar a convenção para definição do candidato do PPS à prefeitura de Cuiabá, que acontece amanhã, dia 30, na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

Brito pode ser expulso do partido antes da realização do evento, por ter apresentado denúncia à Justiça Eleitoral, dando conta de que o diretório municipal estaria promovendo a filiação em massa de novos convencionais para favorecer o também deputado Sérgio Ricardo e homologá-lo como candidato oficial do partido à sucessão do prefeito Roberto França.

Desde o último sábado, depois que a Polícia Federal, através do delegado Denis Palli, fez uma diligência na sede municipal do partido e apreendeu diversos documentos que estão sendo analisados e serão encaminhados posteriormente à Justiça Federal, essa possibilidade vem sendo amplamente debatida pelo grupo político ligado ao prefeito Roberto França, que também é o presidente regional do PPS.

Ontem, informações não oficiais davam conta de que o diretório municipal, em conjunto com a direção regional, já havia decidido pela expulsão do deputado, porém a notícia não foi confirmada por ninguém do PPS.

Longe de ser apenas uma disputa política entre Carlos Brito e Sérgio Ricardo, o imbróglio no PPS foi gerado por uma questão pessoal entre Brito e o prefeito Roberto França, que não aceita tê-lo como candidato do partido. O PPS pode se posicionar a respeito da expulsão do deputado, inclusive na própria convenção.

Precipitação

Pelo fato de o Diretório Municipal do PPS de Cuiabá ser “controlado pelo grupo do Roberto França, não vejo como o deputado Sérgio Ricardo não ser o indicado”.

Assim opinou o governador Blairo Maggi, ontem à tarde no Palácio Paiaguás.

A decisão de Carlos Brito também querer disputar a convenção é classificada por Maggi como precipitação do deputado.

“Politicamente já se havia tomado uma decisão, agora se ele voltou atrás, ele está dentro das regras democráticas. Mas eu estive conversando com o Dr. Flávio Bertin [ presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso - TRE-MT], e pela avaliação dele não há como esse tipo de denúncia de filiação nesse momento, porque quando qualquer partido pede para fazer sua convenção, ele já informa junto a relação dos filiados. Ora, se a relação dos filiados está lá no TRE, não adianta estar fazendo filiação agora”, apontou.

Blairo ponderou não conhecer a fundo a denúncia de Brito, mas disse que entende ser esse ato de Brito uma “precipitação”.

“Se o deputado Carlos Brito tem essa suspeita era muito simples ele ter aguardado a convenção e verificado na lista de votação os nomes que estavam no TRE há 30 dias atrás e os que vão votar no dia”, opinou.




Fonte: Estadão.com

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