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Politica Brasil
Terça - 29 de Junho de 2004 às 10:18
Por: Luciana Giradelo

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Após conturbada articulação dos vereadores do PFL junto à cúpula do partido, o vereador Barão Viegas foi homologado o pré-candidato a vice-prefeito de Cuiabá da chapa encabeçada pelo PPS. Minutos antes do início da convenção, a presidente do Diretório Municipal, Maria Adélia Sucena, recuou oficialmente da pretensão de disputar a vaga de vice-prefeita na chapa e, pelo menos teoricamente, evitou que o PFL chegasse dividido à convenção. Os entendimentos internos e de coligação foram formalizados ontem na convenção pefelista, realizada na sede da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM).

A convenção foi tumultuada. O evento, que havia sido anunciado para ter início às 16h, começou às 8h, foi suspenso às 9h e só foi retomado às 16h. A explicação para a alteração da programação estava descrita num cartaz afixado na porta de entrada do auditório. A mensagem aos correligionários era de que a direção do partido ainda precisava firmar alguns entendimentos com a cúpula do PPS. Antes da convenção, os dirigentes das duas legendas ficaram reunidos por quase duas horas.

Oficialmente, a justificativa era de que estavam elaborando uma carta de compromisso e discutindo alguns pontos para a coligação. Alguns participantes da reunião admitiram, contudo, que a desistência de Maria Adélia foi negociada até o fim. O presidente regional do PFL, senador Jonas Pinheiro, participou da reunião prévia somente nos últimos minutos para ratificar o acordo firmado em torno do nome de Barão Viegas.

Estiveram presentes ao evento dirigentes municipais do PPS, o pré-candidato socialista, deputado Sérgio Ricardo, o secretário-chefe da Casa Civil, deputado licenciado Joaquim Sucena, além de toda a cúpula do PFL, com exceção do prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos. Para ambas as partes, a coligação efetiva significou o reforço necessário para a “vitória” nas eleições da capital. “Consolidamos a grande possibilidade de vencer as eleições”, declarou Sérgio Ricardo.

Em seu discurso, o presidente de honra do PFL, ex-conselheiro do TCE Oscar da Costa Ribeiro, apontou a demanda da cidade e admitiu que, “quem manda na cidade é o prefeito”, ressaltando que isso não exime a responsabilidade do PFL na gestão do município. Adélia Sucena justificou que desistiu da candidatura em nome da união do partido. “Os vereadores ficaram de um lado e os outros de outro. Eu não posso ser responsável pelo racha do partido”, sustentou.

Para o vereador Barão Viegas, as divergências ao longo do processo não deixaram sisões internas. “Toda discussão é salutar para o processo democrático”, avaliou. Quanto à possibilidade do deputado Carlos Brito enfrentar Ricardo na convenção do PPS, Viegas alegou que a coligação independe do nome do candidato socialista. Ricardo, por sua vez, não tem dúvida sobre sua candidatura: “Eu me sinto o candidato legítimo do PPS porque fui eu quem ajudei a construir esse arco com dez partidos”.




Fonte: Diário de Cuiabá

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