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Economia
Quarta - 23 de Junho de 2004 às 23:50
Por: Célia Froufe e Paula Puliti

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São Paulo - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, admitiu hoje que a carga tributária do País é excessiva e estimula a informalidade e disse que ela só caíra se o Brasil conseguir reduzir as despesas correntes. "Não dá para aumentar a carga tributária, que já é excessiva", disse no fórum Infra 2004, realizado pela Agência Estado e a IBC, em São Paulo. "Sem vencer o desafio do corte das despesas, o Brasil não vai virar um País melhor". Durante o evento, Appy rebateu o estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) de que a carga tributária corresponderia a 38% do PIB. "O mesmo instituto dizia que a carga chegaria a 40% do PIB", afirmou.

Segundo o secretário, os choques de custo externos enfrentados pela economia global nos primeiros meses deste ano teriam causado um desgaste maior na economia brasileira caso o País ainda não estivesse inserido em um cenário macroeconômico sólido. Appy acrescentou ainda ao que chamou de "uma sucessão de eventos negativos, como a crise política interna". "Como o País hoje está mais sólido, apesar desta sucessão de eventos negativos, não houve comprometimento da trajetória de retomada do crescimento econômico", avaliou.

O secretário disse também que o Brasil exige em função da sua consistência macroeconômica, uma situação sólida de suas contas externas. "Ao contrário de outros países, que podem se permitir déficits elevados de conta corrente, o Brasil não pode hoje se d ar a este luxo porque paga um preço muito elevado por isso", ressaltou.




Fonte: Estadão.com

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