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O piloto sumiu!
Esse acordo do PPS com o PFL para a disputa da prefeitura de Cuiabá é revelador da falta de condução política partido do governo na eleição da capital.
Na quarta-feira, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, promoveu quatro reuniões políticas para decidir sobre a candidatura do seu partido, o PPS, à disputa pela prefeitura. Como se sabe publicamente, ele vinha resistindo contra a candidatura do deputado estadual Sergio Ricardo, alegando divergências de estilo entre ambos.
Na terça-feira pela manhã, sua esposa, Terezinha Maggi, não escondia a interlocutores o desejo de que o marido não participasse do processo eleitoral em Cuiabá. Aliás, este era também o desejo dele já definido há algum tempo.
No correr do dia as reuniões indicavam essa direção. Na primeira delas, por exemplo, com o prefeito da capital, Roberto França, e com o deputado federal do PP, Pedro Henry, ele tinha a certeza de que a condução da eleição em Cuiabá correria sob a responsabilidade anteriormente definida, do prefeito da capital.
Mais tarde ele reuniu-se com o empresário Jorge Pires, candidato do PFL, e definiu, como definira antes com o deputado Pedro Henry, que ambos deveriam promover consultas para definir uma posição sobre apoiar o PPS e, no caso de Pires, discutir a continuidade de sua candidatura. O deputado Pedro Henry consultaria os dois outros partidos que formam a “Tríplice Aliança”, formada também pelo PTB e pelo PL, que possui candidatura própria.
Porém, depois de todas as reuniões do dia e com essas decisões tomadas, o governador reuniu-se a sós com o prefeito Roberto França e com o deputado estadual Sergio Ricardo. A reunião durou 40 minutos e o governador foi vencido pela pressão de ambos. Ao final, anunciou precipitadamente a aliança do PFL e do PP, em apoio à candidatura Sergio Ricardo, e o seu apoio, antes negado.
Interlocutores que conversaram com o governador posteriormente acreditam que ele foi vencido pela pressão e anunciou o seu apoio apenas para ganhar tempo. Sua intenção, crêem pessoas próximas, é a de que ele lavou as mãos e deixará a candidatura correr, agora sem pressões políticas do prefeito e nem do candidato.
Se, realmente isto for verdadeiro, de fato o piloto sumiu e a condução da eleição em Cuiabá vai tornar-se uma guerra de carnificina política entre os concorrentes. E mais: estará sem comando, sob a tutela do prefeito Roberto França que precisa desesperadamente eleger um sucessor para ter sobrevida nos dois próximos anos até 2006.
Sem piloto, o PPS estará perdido na eleição e precisará de condução para atravessar esse período. Não há outro piloto disponível e credenciado além do deputado estadual Carlos Brito, que soma todas as perdas do processo: deixou a Casa Civil para ser candidato do partido. Depois, perdeu a candidatura e, por fim, não participou daquelas reuniões de quarta-feira. Se tivesse participado, seguramente, não haveria precipitações e nemm o governador seria submetido às pressões que recebeu. Antes já aparecia com a melhor cabeça pensante do PPS no governo, onde evitou muitas crises políticas diante da inexperiência da equipe. Agora, o governador Maggi, o seu partido, o PPS e o próprio Roberto França devem-lhe a decência de ouvirem-no e deixarem que administre da melhor maneira que puder, o amadorismo do PPS na passagem por esse nevoeiro dentro qual voa sem piloto e sem rumo.
Onofre Ribeiro é Jornalista em Cuiabá.
Na quarta-feira, o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi, promoveu quatro reuniões políticas para decidir sobre a candidatura do seu partido, o PPS, à disputa pela prefeitura. Como se sabe publicamente, ele vinha resistindo contra a candidatura do deputado estadual Sergio Ricardo, alegando divergências de estilo entre ambos.
Na terça-feira pela manhã, sua esposa, Terezinha Maggi, não escondia a interlocutores o desejo de que o marido não participasse do processo eleitoral em Cuiabá. Aliás, este era também o desejo dele já definido há algum tempo.
No correr do dia as reuniões indicavam essa direção. Na primeira delas, por exemplo, com o prefeito da capital, Roberto França, e com o deputado federal do PP, Pedro Henry, ele tinha a certeza de que a condução da eleição em Cuiabá correria sob a responsabilidade anteriormente definida, do prefeito da capital.
Mais tarde ele reuniu-se com o empresário Jorge Pires, candidato do PFL, e definiu, como definira antes com o deputado Pedro Henry, que ambos deveriam promover consultas para definir uma posição sobre apoiar o PPS e, no caso de Pires, discutir a continuidade de sua candidatura. O deputado Pedro Henry consultaria os dois outros partidos que formam a “Tríplice Aliança”, formada também pelo PTB e pelo PL, que possui candidatura própria.
Porém, depois de todas as reuniões do dia e com essas decisões tomadas, o governador reuniu-se a sós com o prefeito Roberto França e com o deputado estadual Sergio Ricardo. A reunião durou 40 minutos e o governador foi vencido pela pressão de ambos. Ao final, anunciou precipitadamente a aliança do PFL e do PP, em apoio à candidatura Sergio Ricardo, e o seu apoio, antes negado.
Interlocutores que conversaram com o governador posteriormente acreditam que ele foi vencido pela pressão e anunciou o seu apoio apenas para ganhar tempo. Sua intenção, crêem pessoas próximas, é a de que ele lavou as mãos e deixará a candidatura correr, agora sem pressões políticas do prefeito e nem do candidato.
Se, realmente isto for verdadeiro, de fato o piloto sumiu e a condução da eleição em Cuiabá vai tornar-se uma guerra de carnificina política entre os concorrentes. E mais: estará sem comando, sob a tutela do prefeito Roberto França que precisa desesperadamente eleger um sucessor para ter sobrevida nos dois próximos anos até 2006.
Sem piloto, o PPS estará perdido na eleição e precisará de condução para atravessar esse período. Não há outro piloto disponível e credenciado além do deputado estadual Carlos Brito, que soma todas as perdas do processo: deixou a Casa Civil para ser candidato do partido. Depois, perdeu a candidatura e, por fim, não participou daquelas reuniões de quarta-feira. Se tivesse participado, seguramente, não haveria precipitações e nemm o governador seria submetido às pressões que recebeu. Antes já aparecia com a melhor cabeça pensante do PPS no governo, onde evitou muitas crises políticas diante da inexperiência da equipe. Agora, o governador Maggi, o seu partido, o PPS e o próprio Roberto França devem-lhe a decência de ouvirem-no e deixarem que administre da melhor maneira que puder, o amadorismo do PPS na passagem por esse nevoeiro dentro qual voa sem piloto e sem rumo.
Onofre Ribeiro é Jornalista em Cuiabá.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/379986/visualizar/
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