Tratamento da aids no Brasil tem adesão de 73%

Dos 150 mil pacientes brasileiros que fazem tratamento com medicamento anti-retroviral para aids, 73% seguem corretamente as prescrições médicas. É o que revela pesquisa feita pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

O estudo é o primeiro a avaliar, nacionalmente, a adesão de pacientes ao tratamento de aids em países pobres, segundo o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids). Foram entrevistados portadores da doença em sete estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Pará.

De acordo com o DST/Aids, o resultado mostra que a política de saúde para a doença está no caminho certo, mas a taxa de 73% ainda não é a ideal.

O perfil sócio-econômico predominante entre os 1.972 pacientes que participaram da pesquisa é de escolaridade e renda baixa e alto nível de desemprego. De acordo com a coordenadora do estudo, Maria Inês Battistella Nemes, esse dado mostra o quanto é importante dar livre acesso a medicamentos caros, como os anti-retrovirais.

Hoje, aproximadamente 600 mil pessoas no Brasil são portadoras do vírus HIV.