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Politica Brasil
Quarta - 16 de Junho de 2004 às 09:30
Por: Rubens de Souza/Valdemir Rober

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Hoje é o Dia “D” das eleições em Cuiabá, com fortes reflexos em cidades importantes de Mato Grosso. Até o meio da tarde, o PFL, considerado a grande vedete das discussões na composição governista, já deverá saber que rumo definido. E são dois: aceita apoiar a candidatura de Sérgio Ricardo, no PPS, ou vai formar com o conjunto de partidos da “Tetra Aliança” – que, nesse caso, passaria a ser “Penta Aliança”. Já o PP também até o meio da tarde já saberá se fica na aliança com o PTB, PL e PDT – e também possivelmente o PFL – ou se vai alinhar com o PT, numa aliança com indicações para 2006.

O quadro hoje é extremamente nebuloso. Tudo começa com a candidatura de Sérgio Ricardo, apontado como o grande “pivô” dos desentendimentos nos partidos da base do Governo. Ricardo não conseguiu atrair a simpatia de quase ninguém. O candidato do PPS conta atualmente com o apoio de nove partidos “nanicos”, todos alinhados com o prefeito Roberto França, presidente do Diretório Regional, a quem coube toda a articulação de apoio. Fora isso, todos os demais propensos aliados “espanaram”.

O PFL tem atualmente como pré-candidato a prefeito o empresário Jorge Pires de Miranda. Na cúpula do partido, há um esforço hercúleo no sentido de fazer com que a sigla alinhe com o PFL e indique o candidato a vice. Vice que, aliás, já está escolhido: o médico e vereador Barão Viegas, aliado de primeira hora da presidente do Diretório Municipal do partido, Maria Adélia Sucena, e do deputado estadual Joaquim Sucena, atual secretário-chefe da Casa Civil. Miranda, no entanto, conduz uma forte resistência de apoio a Sérgio Ricardo e tenta “bancar” a qualquer custo um projeto diferente para o PFL.

Como incentivador, o próprio governador Blairo Maggi, amigo pessoal de Jorge Pires. Maggi, todavia, se vê de mãos amarradas: prometeu apoiar o candidato que o PPS escolher, mas não consegue esconder que Sérgio Ricardo pesa. Na terça-feira, fontes revelaram que o governador chegou a sugerir ao PFL o caminho da “Tetra Aliança”. Até de forma estratégica. Explica-se: PP, PL, PTB e o PDT estariam sendo conduzidos em apoio ao candidato Alexandre César, do PT. “Isso nem pensar” – teria reagido o governador na conversa com expoentes pefelistas.

O PP a situação também é complicada. O partido tem um projeto estabelecido, qual seja, o de fazer Pedro Henry senador em 2006. Nesse caso, Henry e o PP precisariam ganhar espaço neste momento. Fontes revelaram anteriormente que Pedro – que veta explicitamente o deputado Sérgio Ricardo como candidato do PPS – teria formulado um entendimento com a senadora Serys Slhessarenko para uma aliança em 2006. No entanto, o progressista mantém o olho aberto no processo eleitoral de Cáceres, sua base eleitoral, onde espera contar com o apoio de Blairo Maggi, que, por sua vez, exige que o PP apóie Adilton Sachetti como candidato do PPS a prefeito de Rondonópolis.




Fonte: 24 HorasNews

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