Candidaturas nos municípios ficam sem apoio das cúpulas

Sem apoio financeiro das cúpulas, os diretórios municipais dos principais partidos em Cuiabá pretendem viabilizar suas candidaturas apenas com apoio de empresários e simpatizantes. Apesar da maioria contar com recursos públicos repassados pelo Fundo Partidário, o dinheiro fica quase que exclusivamente com os diretórios estaduais.

O PT de Mato Grosso, por exemplo, continua investindo na manutenção da sua infra-estrutura cerca de R$ 16 mil mensais repassados pelo diretório nacional. O partido, cujo presidente, Alexandre Cesar, é candidato a prefeito, considera que além da capital existem outras prioridades e que os recursos não são suficientes para todos os correligionários.

Faltando cerca de quatro meses para o pleito, o PFL, que conta com a pré-candidatura do empresário Jorge Pires de Miranda mas que deve declinar para uma coligação com o PPS, também não discutiu ainda o assunto com a sua direção estadual. A presidente municipal, Maria Adélia Sucena, frisa que os correligionários têm expectativa de receber recursos para candidaturas de vereador.

Já o presidente do PTB, João Vieira, descarta a possibilidade de qualquer ajuda financeira da direção estadual. Segundo ele, até o estatuto do partido deixa de lado o assunto, que não é considerado prioridade pelos aliados. "Depois de registrar a candidatura, nós mesmos é que vamos buscar recursos junto aos empresários e apoiadores. O partido conta com a pré-candidatura do empresário Robério Garcia pela coligação que pretende unir ainda PP, PL e PDT.

O PL estadual, de acordo com o seu presidente, Welington Fagundes, oferecerá aos liberais de Cuiabá apenas o apoio político. A sigla não conta com ajuda sistemática dos seus militantes e parlamentares, como fazem os petistas. "Neste ano, o nacional não nos mandou nem R$ 1. Mantemos o partido com recursos do próprio bolso".