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Barretão ataca os "gigolôs da cultura"
São Paulo - O produtor cinematográfico Luiz Carlos Barreto, o Barretão, um dos mais destacados do País, defendeu com ênfase na quarta-feira, em São Paulo, a manutenção integral dos incentivos fiscais para o cinema nacional, recursos captados por meio da Lei do Audiovisual. Às vésperas de modificações na legislação de incentivos, que serão introduzidas por meio de decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barreto atacou os críticos do atual sistema (que defendem um novo modelo, que faça com que o dinheiro público não passe pelos caixas das empresas e que o dinheiro privado surja efetivamente no investimento cultural).
"São os gigolôs da cultura que ficam fazendo essa pregação contra a Lei do Audiovisual. É gente como esse (Yacoff, consultor de patrocínio empresarial) Sarkovas, com argumentos absolutamente primários. O cinema é uma indústria que sofre forte pressão internacional, uma concorrência que dificulta sua auto-sustentação. E a sobrevivência do cinema é uma questão que envolve a sobrevivência da sociedade brasileira. A batalha do audiovisual é hoje a batalha principal do mundo moderno, a defesa dos conteúdos audiovisuais. O país que não entrar nessa batalha não sobreviverá como nação", afirmou o produtor, que assistia a conferência no Ibirapuera.
O consultor Yacoff Sarkovas, citado por Barreto, disse que o discurso do produtor visa manter um status quo. "Pessoas como o Barreto querem é manter os guichês de distribuição do dinheiro público dentro das empresas. Querem manter o sistema atual, que beneficia quem consegue construir uma rede de influências", afirma.
Segundo Sarkovas, a Lei do Audiovisual é um sistema "perdulário e equivocado", pois permite uma dedução maior do que a integral (125%) e não exige nenhuma contrapartida. "Qual o critério pelo qual são distribuídos anualmente os R$ 500 milhões do dinheiro da renúncia fiscal? Não há. Tudo se dá num jogo de pressões e relacionamentos. É dessa discussão que o Barreto não trata. É claro que eu concordo com ele quando diz que é uma atividade estratégica, mas não é esse o ponto."
O produtor Luiz Carlos Barreto também comentou o atraso na criação da Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual), que substituirá a atual Ancine (Agência Nacional do Cinema). "O projeto da Ancinav já estava no plano original do Grupo Executivo de Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Gedic)", disse. "Mas foi modificado pouco antes da aprovação e agora será difícil retornar ao projeto original. A Ancinav só vai sair quando houver um consenso entre o cinema e a TV, e isso está longe de acontecer. As discussões têm sido intermitentes", declarou.
"São os gigolôs da cultura que ficam fazendo essa pregação contra a Lei do Audiovisual. É gente como esse (Yacoff, consultor de patrocínio empresarial) Sarkovas, com argumentos absolutamente primários. O cinema é uma indústria que sofre forte pressão internacional, uma concorrência que dificulta sua auto-sustentação. E a sobrevivência do cinema é uma questão que envolve a sobrevivência da sociedade brasileira. A batalha do audiovisual é hoje a batalha principal do mundo moderno, a defesa dos conteúdos audiovisuais. O país que não entrar nessa batalha não sobreviverá como nação", afirmou o produtor, que assistia a conferência no Ibirapuera.
O consultor Yacoff Sarkovas, citado por Barreto, disse que o discurso do produtor visa manter um status quo. "Pessoas como o Barreto querem é manter os guichês de distribuição do dinheiro público dentro das empresas. Querem manter o sistema atual, que beneficia quem consegue construir uma rede de influências", afirma.
Segundo Sarkovas, a Lei do Audiovisual é um sistema "perdulário e equivocado", pois permite uma dedução maior do que a integral (125%) e não exige nenhuma contrapartida. "Qual o critério pelo qual são distribuídos anualmente os R$ 500 milhões do dinheiro da renúncia fiscal? Não há. Tudo se dá num jogo de pressões e relacionamentos. É dessa discussão que o Barreto não trata. É claro que eu concordo com ele quando diz que é uma atividade estratégica, mas não é esse o ponto."
O produtor Luiz Carlos Barreto também comentou o atraso na criação da Ancinav (Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual), que substituirá a atual Ancine (Agência Nacional do Cinema). "O projeto da Ancinav já estava no plano original do Grupo Executivo de Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica (Gedic)", disse. "Mas foi modificado pouco antes da aprovação e agora será difícil retornar ao projeto original. A Ancinav só vai sair quando houver um consenso entre o cinema e a TV, e isso está longe de acontecer. As discussões têm sido intermitentes", declarou.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/380975/visualizar/
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