ACM chama Almeida Lima para a briga no Senado

Brasília - O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) chegou a chamar o senador Almeida Lima (PDT-SE) para a briga durante uma discussão, hoje, no plenário do Senado, sobre a proposta de emenda constitucional que define o número de vereadores em 55.214. Almeida Lima disse na tribuna que ACM o chamou "para as vias de fato" depois de ele defender o líder da bancada do PDT, senador Jefferson Péres (AM). A tentativa de intimidação, que não foi negada pelo senador baiano, ocorreu logo depois de Almeida Lima responder às acusações de ACM ao líder do PDT, Jefferson Péres (AM). Segundo ACM, Péres, que acusa de anti-regimental a decisão do plenário de votar a emenda sem cumprir os prazos de cinco dias úteis entre o primeiro e segundo turnos, não teria moral para fazê-lo por ter mudado de opinião por três vezes em relação ao assunto.

A temperatura começou a aumentar no plenário quando Péres acusou o presidente do Senado, José Sarney, de omissão ao aceitar a votação da emenda constitucional em apenas dois dias. Péres argumentou que o presidente não deve aceitar uma decisão que desrespeite o regimento do Senado. Sarney compareceu ao plenário para responder às acusações de Péres, que, por sua vez, não estava mais no local. ACM fez a acusação a Péres e foi defendido por Almeida Lima.

A partir deste momento, a discussão passou a ser pessoal. ACM acusou Péres de estar sendo injusto com Sarney. Lima respondeu que foi ACM quem desrespeitou Sarney e não Péres - referindo-se a uma discussão havida ano passado entre o presidente do Senado e o senador baiano.

Ao subir à tribuna e passar por ACM, Lima teria ouvido dele a intimidação. Sarney atuou para evitar o acirramento da discussão e quando Péres retornou ao plenário, negou que estivesse mudando de opinião. Depois de insinuações de ACM sobre falta de virilidade de seus opositores, a discussão foi encerrada.