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Politica Brasil
Quarta - 09 de Junho de 2004 às 12:53

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O ex-diretor de Habilitação do Detran, Luiz Alberto Vargas, que foi demitido na semana passada, diz que sua exoneração não ocorreu por critérios técnicos, mas por perseguição política. Segundo afirmou, ele passou a ser perseguido dentro do órgão depois que denunciou, em março deste ano, irregularidades em um pregão para compra de materiais de computadores.

Vargas alega que o Detran pagou, mas não recebeu os materiais. O valor do negócio foi de R$ 250 mil. Ele teria feito a denúncia diretamente ao presidente, Moisés Sachetti. A partir daí, segundo informou, foi realizada uma auditoria específica sobre o caso, mas ele passou a ser perseguido pelo presidente e também pelo diretor Administrativo Financeiro, Valmir Moraes.

O presidente do Detran esteve nesta quarta-feira na reunião do secretariado no Palácio Paiaguás. Na saída, disse que não iria comentar o caso hoje. A assessoria de imprensa do Detran informou que a demissão de Vargas foi meramente técnica e que o caso está encerrado. Ainda de acordo com a assessoria, o órgão tomou todas as providências necessárias, demitindo o coordenador de materiais que havia assinado o recebimento de parte dos produtos e acionou a empresa na Justiça.

Ainda segundo a assessoria não houve perdas para o órgão já que a empresa está entregando o material previsto no contrato. A demissão de Vargas teria acontecido em razão de um não cumprimento a um mandado de segurança o que ocasionou na prisão, por algumas horas, no interior do órgão, do presidente Moisés Sachetti.

Vargas informou que a delegada da delegacia fazendária, Maria Alice Amorim, determinou uma ampla investigação nos contratos efetuados pela diretoria Administrativa e Financeira e que ele, na condição de cidadão, vai propor uma ação civil pública para apurar irregularidades no órgão.

“O Sachetti diz que me demitiu porque sou técnico e que precisava de alguém mais político. O que ele quer dizer com mais político? É alguém conivente com rolo?”, questionou. E declarou: “tenho certeza que Maggi não sabe o que está ocorrendo no Detran”.

Vargas também estranhou as mudanças ocorridas no Detran após sua saída. Segundo ele, o assessor jurídico assumiu o seu lugar e o corregedor – que, segundo ele, instaurou a sindicância no caso do pregão, foi efetivado no cargo de assessor jurídico. “Ou seja, ele passou de investigador a defensor”, disse Vargas.

A assessoria de imprensa contestou estas informações. Disse que o remanejamento foi absolutamente normal e que a função do corregedor é repassar informações e que isso em nada vão atrapalhar as investigações que estão sendo feitas pela delegada responsável.




Fonte: Midia News

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