Acuados, líderes contestam Pagot

As declarações polêmicas do secretário de Estado de Infra-estrutura, Luiz Antônio Pagot (PPS), publicadas ontem em A Gazeta, causaram duras reações na base aliada do governo Blairo Maggi (PPS). Os deputados federais Ricarte de Freitas (PTB) e Pedro Henry (PP), acusados de fazerem jogo duplo e paralelo, criticaram os comentários do supersecretário. O empresário Jorge Pires de Miranda (PFL), que também é citado por Pagot, promete comentar o assunto somente após se reunir com o socialista. Henry e Pires condicionam aliança com o PPS de Cuiabá se o partido excluir do páreo o pré-candidato Sérgio Ricardo.

Líder do PP na Câmara Federal, Henry alega que o seu interlocutor é o governador Maggi e por isso não iria polemizar o assunto.

Já Ricarte de Freitas, presidente regional do PTB, negou, em nota distribuída à imprensa, fazer jogo duplo e acusou Pagot de ser o autor da prática. Assegura que não está tentando desestabilizar a candidatura do deputado Sérgio Ricardo (PPS), em Cuiabá, de olho nas eleições de 2006.

"Causaram-se estranheza as declarações por dois motivos: conversei sobre política com o Pagot uma única vez, antes do ato de lançamento da pré-candidatura do empresário Robério Garcia, pelo PTB. Na ocasião, afirmei categoricamente que a candidatura petebista não estava em negociação, mas ele me pediu apoio ao projeto de construir a candidatura de Marcelo Oliveira (PMDB), o Padeiro, que nem do seu partido pertencia. Ele também evoca para si a responsabilidade da condução do processo eleitoral exercido pelo governador. Assim, fica claro que não sou eu quem faz jogo duplo e paralelo", diz Ricarte, em trechos da nota.