Celcita Pinheiro defende participação maior da mulher na política

“O país não precisa de novas leis em defesa da mulher, elas já existem. O que precisamos é fazer valer estas leis, atuando de forma organizada e ocupando progressivamente novos espaços”. A afirmação é da deputada federal Celcita Pinheiro (PFL-MT), que participou em Cuiabá da Audiência Pública Regional conjunta da Câmara Federal e da Assembléia Legislativa de Mato Grosso. A audiência trouxe a Cuiabá a deputada federal Luci Choinacki, (PT-SC), relatora da Comissão Externa para Estudo do Empobrecimento das Mulheres, ou Comissão sobre a Feminização da Pobreza no país.

Celcita Pinheiro, que também é titular desta comissão, destacou a necessidade da mulher ampliar seu espaço de participação política, assumindo a luta contra a discriminação, a desigualdade salarial e a violência que afeta 1/3 das mulheres brasileiras. “Precisamos nos unir e trabalhar de forma organizada contra a pobreza, que afeta particularmente as mulheres, e contra toda forma de discriminação e violência”, disse a deputada mato-grossense.

Celcita lembrou que outra comissão em funcionamento na Câmara dos Deputados, a Comissão do Ano da Mulher, está agilizando os trabalhos da bancada feminina e selecionando projetos que criam ou ampliam os direitos da mulher. Há atualmente cerca de 300 projetos sobre direitos da mulher tramitando na Casa.

Eleições Municipais

Para a deputada, as eleições de outubro também são um momento importante nesta luta pela igualdade entre os gêneros. Única representante do PFL de MT na Câmara dos Deputados e presidente do PFL Mulher, Celcita lembrou que este é um ano de eleições, uma nova oportunidades para as mulheres conquistarem mais prefeituras e vagas de vereadores. “Vamos aumentar nosso espaço na política, nos elegendo, ocupando cargos e assumindo novas responsabilidades. Precisamos eleger novas prefeitas e vereadoras, aproveitando inclusive a nova lei de cotas que obriga os partidos a reservar 30% das vagas de candidatos para as mulheres”. Destes 30% de vagas, nem 10% são preenchidos.

Segundo a deputada, a mulher ainda não absorveu a idéia de ocupação deste espaço. A mulher é usada como força de manobra, companheira de lutas, militante dedicada, mas dificilmente pensa em aproveitar este potencial para si mesma. Isso apesar das pesquisas indicarem que os eleitores consideram as mulheres mais honestas, confiáveis, trabalhadoras e responsáveis que os homens, quando ocupam cargos públicos. “O eleitor confia cada vez mais nas mulheres e precisamos aproveitar este conceito positivo, elegendo mais prefeitas e vereadoras”, finalizou a deputada