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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Quinta - 03 de Junho de 2004 às 13:17

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O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse hoje que o salário mínimo de R$ 260 não será aprovado pelos senadores. Segundo ele, isso será feito inclusive com votos de parlamentares da base aliada. “Estou certo de que R$ 260 é um numero que não passa. No Senado, a meu ver, será aprovado o mínimo de R$ 275 com voto de muita gente do governo. Aí, o presidente da República, se achar que não tem como chegar aos R$ 275, apesar dos argumentos e das fontes que vamos mostrar, poderá vetar a matéria. É um direito que ele tem, assumir o desgaste e vetar, mas nós estamos conscientes que será uma outra batalha”, afirmou.

O líder participou de um café da manhã com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, e os líderes dos partidos da oposição na Câmara e do Senado, no Palácio do Planalto. Segundo ele, o valor de R$ 275 para o salário mínimo será aprovado no Senado com os votos do PSDB, do PFL, do PMDB e até mesmo do PT. O líder afirmou que existem recursos para um aumento maior do mínimo do que o oferecido pelo governo. “O que falta é um pouco de esforço, é um pouco de vontade política, é um pouco de reorientação de prioridades que o governo teria que fazer”, afirmou.

Durante o encontro, os líderes e o ministro conversaram sobre o calendário de votações no Senado. Segundo Arthur Virgílio, os senadores estão prontos para votar projetos considerados prioritários para o governo como a Lei de Biossegurança e a Proposta de Emenda à Constituição que limita o número de vereadores nas cidades. Sobre a Lei de Falências, segundo ele, existem algumas restrições, mas a principal divergência é a respeito do projeto de Parceria Público-Privada (PPP). “Nós temos muitas dificuldades em relação a um projeto defeituoso, incompleto, que afasta investimentos, que é o PPP, tal como está escrito”, disse.

Arthur Virgílio afirmou que os líderes farão uma proposta para o ministro Aldo Rebelo sobre a possibilidade de votação das matérias consideradas mais importantes. Mas ele criticou a edição de medidas provisórias pelo presidente Lula. “O governo pede boa vontade, a oposição tem boa vontade, mas não tem boa vontade que resista a essa verdadeira jamanta sem freio que é o governo legislando sobre medidas provisórias. Isso é um grande entrave a que se possa ter um aproveitamento maior do ponto de vista da aprovação de matérias que são de interesse do país e que, portanto, são de interesse do governo”, protestou.




Fonte: ABR

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