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Politica Brasil
Sexta - 28 de Maio de 2004 às 20:46
Por: Ramon Montegaudo

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O deputado Gilmar Fabris (PFL) defendeu hoje (28), durante uma plenária na VIII Conferência Nacional da Unale, em João Pessoa (PA), a contratação de uma banca renomada de advogados em Brasília para defender os direitos dos parlamentares. “Não podemos continuar a ser alvos de toda a sorte de acusações e abusos indiscriminados sem que haja uma reação à altura. Essa entidade existe para nos defender com unhas e dentes e, portanto, nada mais justo que a contratação de advogados de renome para tal tarefa”, afirmou.

A proposta de Fabris foi debatida durante quarenta minutos e aprovada por unanimidade, após o relato de diversos casos de ataques contra a honra de deputados de todo o País.

“A aceitação da minha tese foi unânime e revela o quanto estamos expostos e vulneráveis a ataques e agressões. Eu defendo que a Lei e o Estado de Direito sejam sempre cumpridos em nosso País. Quem praticou algum delito precisa ser punido. O que eu não admito é ter minha imagem explorada e achincalhada de maneira irresponsável”, afirmou.

Fabris preferiu não citar nomes, mas disse que sua mensagem será “muito bem entendida” por alguns segmentos. Recentemente ele foi acusado de se apropriar indevidamente de uma urna eleitoral. “Virei manchete na imprensa, fui pré-julgado e condenado pela opinião pública. Depois de uma investigação profunda, o Tribunal Regional Eleitoral me inocentou, mas o estrago na minha imagem já foi feito”, desabafou.

Ele disse ainda que durante os últimos oito anos em que esteve longe da Assembléia Legislativa, ninguém o importunou. “Foi só eu assumir para ter minha vida transformada num carnaval, com Deus e o diabo atrás de mim, tentando me desmoralizar. Isso é um absurdo”, afirmou.

O caso relatado pelo deputado distrital José Edmar Cordeiro (PMDB) chamou a atenção durante o debate. Ele foi acusado, no ano passado, de improbidadade administrativa, grilagem e formação de quadrilha, entre outros. Ficou preso durante 29 dias, mas foi inocentado pelo Superior Tribunal de Justiça. Justamente no dia em que iria ser colocado em liberdade, seu filho de 24 anos cometeu suicídio por não agüentar a pressão sofrida em função do episódio.

“Além de ter sido condenado por antecipação, perdi o maior bem da minha vida. Esse tipo de episódio não pode se repetir jamais”, disse Cordeiro.




Fonte: Assessoria/AL

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