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ONG entrega assinaturas contra transgênicos na OMC
A organização ecologista Amigos da Terra Internacional entregou hoje, terça-feira, na sede da OMC um pedido contra os alimentos geneticamente manipulados assinado por mais de 100.000 cidadãos de 91 países e mais de 544 organizações, que representam, segundo aquela, a 48 milhões de pessoas.
Entre os signatários do pedido, dirigido ao diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Supachai Panitchpakdi, figuram o arcebispo sul-africano Desmond Tutu e o popular e polêmico líder dos agricultores franceses e militante antitransgênicos, José Bové.
A entrega de várias caixas com bandeiras dos distintos países de onde procedem as assinaturas, muitos deles latino-americanos, feita pelos representantes da ONG, muitos deles vestidos com roupas isolantes e máscaras antigás, esteve precedida da subida ao telhado do edifício da OMC de um grupo de ativistas que levavam um cartaz de protesto.
A campanha de Amigos da Terra está relacionada com a apresentação pela Argentina, Canadá e Estados Unidos ante a OMC de uma demanda contra a União Européia (UE) por bloquear o comércio de alimentos transgênicos com sua moratória a aprovação de novos produtos geneticamente modificados.
Vários dos ativistas da ONG que participaram do ato de protesto acusaram a Comissão Européia de não haver atuado democraticamente com sua decisão de pôr fim a essa moratória ao aprovar recentemente a venda e utilização do milho da variedade bt 11 para o consumo humano.
"A Comissão atuou por conta e risco próprios sem que intermediasse um voto do Conselho de Ministros da UE sobre uma decisão que afeta o que comemos quando está claro que os consumidores europeus rejeitam majoritariamente os alimentos transgênicos", declarou à imprensa Liana Stupples, de Amigos da Terra.
A ONG ecologista acusa a Comissão Européia de haver atuado precipitadamente e pressionada pela demanda da Argentina, EUA e Canadá ante a OMC sem levar em conta o chamado "princípio de precaução" nos alimentos.
"Milhares de indivíduos de todo o mundo enviaram este pedido que repassa uma claro mensagem à OMC: tirai as mãos de nossos alimentos. A OMC não tem direito de impor as colheitas ou os alimentos transgênicos em nenhum país", disse Alexandra Wandel, da mesma organização.
"Pessoas de todo o mundo, incluídos os países que apresentaram a demanda contra a UE ante a OMC apóiam nossa chamada. Não nos deixaremos intimidar pelos EUA, as companhias de biotecnologia ou a OMC", acrescentou.
Segundo Amigos da Terra, se a OMC decide a favor da demanda desses três países, a UE se expõe a sanções econômicas sob pena de autorizar mais alimentos transgênicos, decisão que dificultará ainda mais os esforços dos países em desenvolvimento por resistir as pressões das grandes companhias de biotecnologia para que aceitem seus produtos.
Entre os signatários do pedido, dirigido ao diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Supachai Panitchpakdi, figuram o arcebispo sul-africano Desmond Tutu e o popular e polêmico líder dos agricultores franceses e militante antitransgênicos, José Bové.
A entrega de várias caixas com bandeiras dos distintos países de onde procedem as assinaturas, muitos deles latino-americanos, feita pelos representantes da ONG, muitos deles vestidos com roupas isolantes e máscaras antigás, esteve precedida da subida ao telhado do edifício da OMC de um grupo de ativistas que levavam um cartaz de protesto.
A campanha de Amigos da Terra está relacionada com a apresentação pela Argentina, Canadá e Estados Unidos ante a OMC de uma demanda contra a União Européia (UE) por bloquear o comércio de alimentos transgênicos com sua moratória a aprovação de novos produtos geneticamente modificados.
Vários dos ativistas da ONG que participaram do ato de protesto acusaram a Comissão Européia de não haver atuado democraticamente com sua decisão de pôr fim a essa moratória ao aprovar recentemente a venda e utilização do milho da variedade bt 11 para o consumo humano.
"A Comissão atuou por conta e risco próprios sem que intermediasse um voto do Conselho de Ministros da UE sobre uma decisão que afeta o que comemos quando está claro que os consumidores europeus rejeitam majoritariamente os alimentos transgênicos", declarou à imprensa Liana Stupples, de Amigos da Terra.
A ONG ecologista acusa a Comissão Européia de haver atuado precipitadamente e pressionada pela demanda da Argentina, EUA e Canadá ante a OMC sem levar em conta o chamado "princípio de precaução" nos alimentos.
"Milhares de indivíduos de todo o mundo enviaram este pedido que repassa uma claro mensagem à OMC: tirai as mãos de nossos alimentos. A OMC não tem direito de impor as colheitas ou os alimentos transgênicos em nenhum país", disse Alexandra Wandel, da mesma organização.
"Pessoas de todo o mundo, incluídos os países que apresentaram a demanda contra a UE ante a OMC apóiam nossa chamada. Não nos deixaremos intimidar pelos EUA, as companhias de biotecnologia ou a OMC", acrescentou.
Segundo Amigos da Terra, se a OMC decide a favor da demanda desses três países, a UE se expõe a sanções econômicas sob pena de autorizar mais alimentos transgênicos, decisão que dificultará ainda mais os esforços dos países em desenvolvimento por resistir as pressões das grandes companhias de biotecnologia para que aceitem seus produtos.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/382802/visualizar/
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