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Politica Brasil
Segunda - 24 de Maio de 2004 às 09:03

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A possibilidade de segundo turno na eleição para prefeito do Rio, que parecia ser uma tendência das intenções de voto reveladas na última pesquisa do Instituto Gerp para o Jornal do Brasil, realizada em abril, voltou a ficar distante. Os números de maio indicam que os índices de Cesar Maia (45%) retornaram aos níveis do início da pesquisa, recuperando-se da última queda, enquanto seu principal perseguidor, o senador Marcelo Crivella, do PL, atingiu o percentual mais baixo, 11%.

Os números dos únicos candidatos que pontuam, Marcelo Crivella, Luiz Paulo Conde (PMDB), Jorge Bittar (PT) e Jandira Feghali (PC do B) somados chegam a 30%, ou seja, dois terços das intenções registradas para Cesar Maia.

Nilo Batista, lançado há pouco pelo PDT, não chega a pontuar, embora já apareça na tabela de rejeição, com 9%. André Correa (PV) é outro candidato sem intenção de voto, mas com uma rejeição de 7%.

Jorge Bittar apresentou uma ligeira melhora – passou de 2% para 7% das intenções de voto na pesquisa estimulada –, mas está longe, como os demais candidatos, de representar ameaça para o prefeito. Suas perspectivas de ascensão estão atreladas ao desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Jandira Feghali, que representaria um voto tradicionalmente significativo no município do Rio, o da esquerda – hoje em grande parte ressentida com os rumos do governo Lula – até agora parece não ter chamado a atenção desta parcela do eleitorado. Tinha 2% nas pesquisas de janeiro, fevereiro e abril, e está com 4%.

Luiz Paulo Conde praticamente não oscilou desde o início da pesquisa, teve 8% em janeiro e fevereiro, 9% em abril, e ficou em 8% na pesquisa de maio. O cacife representado pelo eleitorado cativo do casal Garotinho, até agora não ajudou o candidato.

Para isso, aparentemente, contribuíram números da Pesquisa Gerp sobre a avaliação do governo de Rosinha Matheus, que mostram queda nas classificações ótimo e bom e aumento da avaliação péssimo.

De acordo com o Instituto Gerp, Rosinha tem hoje 42% de avaliação ruim ou péssimo, 28% de classificação regular e 27% de ótimo ou bom.

Os números relativos à rejeição só apresentam algum alento para Jandira Feghali, a melhor colocada, com 5%. Os demais concorrentes com intenções de voto registradas apresentam rejeição de voto superior a Cesar Maia, incluindo Jorge Bittar.

O prefeito Cesar Maia tinha 42% dos votos, na primeira pesquisa, em janeiro, subiu para 48% em fevereiro, e caiu para 39% em abril. A queda foi atribuída aos conflitos entre quadrilhas da Rocinha e do Vidigal e a previsão, na época – não confirmada pelos últimos números – era de que o prefeito ainda iria cair mais na pesquisa.

Os principais problemas do Rio apontados pelos eleitores pouco variaram de janeiro a maio, com duas exceções: a primeira é a queixa sobre falta de hospitais e postos de saúde – problema publicamente reconhecido pelo prefeito – subiu do terceiro para o segundo lugar volume de queixas, desbancando o desemprego.

A outra exceção é o aumento de queixas de corrupção no município, que subiram de 12% para 19%, entre janeiro e maio. Em primeiro lugar, representando 74% dos entrevistados, continua reinando a violência.

As pesquisas do Instituto Gerp também procuram saber qual a avaliação dos residentes no município do Rio sobre o governo Lula. Em maio, 68% dos entrevistados declararam ter votado em Lula. Destes, 45% dizem que votariam de novo no presidente. Em abril, o percentual era maior: 52%.

Ao contrário, o percentual dos que responderam que não votariam novamente em Lula, aumentou um pouco, de abril para maio: subiu de 45% para 48%. Também subiu o número de indecisos, quando a mesma pergunta é feita: de 4% em abril, para 7% em maio.




Fonte: JB Online

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