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Politica Brasil
Sábado - 22 de Maio de 2004 às 23:29
Por: Agência Brasil

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SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse hoje, durante a inauguração do instituto que leva seu nome, em um hotel na capital paulista, que o Brasil tem um desenvolvimento institucional “suficientemente variado que permite e mesmo requer que se discutam funções para um ex-presidente que não sejam exclusivamente atividades como no passado, de um silêncio perpétuo, de desistir de ter uma posição, de opinar e participar da vida do país”.

Ele afirmou que o Instituto Fernando Henrique Cardoso (IFHC), não servirá de “plataforma eleitoral futura”, mas que será uma organização apartidária. ”Creiam-me”, ressaltou. Mas ponderou dizendo que seria ingênuo imaginar que alguém com sua experiência, ficasse “fora do jogo, como expectador”.”Quem está fora do jogo, não tem amor a seu país, amor a seu povo, não tem amor à humanidade, e às idéias”, afirmou.

Fernando Henrique Cardoso disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi convidado para a inauguração mas, com viagem à China, mandou uma carta e pediu que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o representasse no evento.

Ele explicou que o instituto deverá ter contato com o governo, mas que não existe um objetivo de uma ação com articulação burocrática. Salientou que representantes do governo serão convidados para debates, entretanto sem a intenção “de fazer lobby junto ao governo”, completou.

O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, que participou da inauguração, não esteve presente na coletiva. Ele falou durante uma hora no seminário inaugural sobre a governança global democrática para autoridades e convidados presentes no auditório do hotel. Clinton elogiou o presidente Lula no que se refere à política econômica e as reformas estruturais. Elogiou também o trabalho desenvolvido pelo Brasil no combate e prevenção a Aids.

Clinton afirmou que é necessário democratizar as instituições internacionais atendendo as populações carentes, por meio dos países mais ricos, garantindo a criação e manutenção de programas de saúde e educação. Ele reconheceu a importância das organizações não-governamentais (ONGs) na missão de diminuir as desigualdades no mundo.




Fonte: JB Online

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