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Politica Brasil
Sábado - 22 de Maio de 2004 às 16:16
Por: João Carlos Caldeira

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Existe uma expressão muito comum nos dias atuais para designar quando alguém ou algo está na moda, quando se transforma no principal alvo dos interesses e vira celebridade. Diz-se que é a “bola da vez”.

Por exemplo, quando um político está em evidência, envolvido em algum escândalo ou falcatrua, diz-se que é a bola da vez. O Senador Antônio Carlos Magalhães já foi, os deputados Humberto Bosaipo e José Riva já foram (infelizmente ninguém comenta mais!) e Paulo Salim Maluf foi, é e provavelmente, continuará sendo a bola da vez.

Mas não quero falar de política, não é a minha “praia”! Quero falar da bola da vez no agronegócio Mato-grossense: o algodão.

Planta da família das malváceas, foi introduzida na região de Andaluzia na Espanha do século XII (agronegócio também é cultura!) e hoje, depois da soja, é o principal produto na pauta de exportação do estado.

Em 2004, Mato Grosso lidera as exportações de algodão, representando 26% do total nacional. Ainda não somos o maior produtor nacional (por pouco tempo), mas já somos o primeiro em exportação e o que é melhor, em qualidade e tecnologia. E as boas notícias não para por aí! A média de produção nacional do algodão é de 1.300 quilos por hectare, enquanto que em nosso estado chega a 1.500 quilos por hectare. Além da tecnologia, temos condições climáticas ideais com seis meses de chuva e seis meses de seca bem definidos.

Grande parte desse sucesso, deve ser creditado ao programa de incentivo à cultura do algodão. Criado em 1996, oferece 75% de isenção do ICMS na comercialização do produto, sendo que 15% vai para o Fundo de Apoio à Cultura do Algodão –Facual, responsável pelas pesquisas.

Outros fatos reforçam a teoria que o algodão é a bola da vez. Há poucos dias, todos os produtores nacionais comemoraram a decisão da Organização Mundial do Comércio-OMC de ordenar a suspensão dos subsídios norte-americanos sobre o produto. A competitividade vai se acirrar e Mato Grosso têm boas chances de tornar-se líder absoluto na produção do produto.

Para fechar a receita de sucesso, temos mais um diferencial em relação à qualificação e a formação da mão-de-obra. A única Escola de Beneficiamento de Algodão da América Latina está localizada na unidade do SENAI de Rondonópolis há três anos e já capacitou mais de 100 profissionais.

A escola oferece quatro cursos especializados na área: controle de pragas, colheita, beneficiamento e classificação do algodão, fechando o ciclo de produção e comercialização do produto e permitindo a difusão de técnicas voltadas para a excelência da pluma e para a redução dos custos de produção.

Num dos programas de capacitação chamado de “Indústria Faz a Hora”, as aulas são ministradas nos fins de semana, adequando-se a necessidade e a disponibilidade da empresa e da sua força de trabalho.

É o Mato Grosso escrevendo e fazendo história!

João Carlos Caldeira Empresário, jornalista, especialista em administração de turismo, hotelaria e lazer. E-mail: joaocmc@terra.com.br




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