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Politica Brasil
Terça - 18 de Maio de 2004 às 17:41

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Festejado com cantos poloneses, o 84º aniversário do Papa João Paulo II foi a ocasião escolhida para o lançamento de um livro de memórias e reflexões, o primeiro texto autobiográfico escrito por um Papa na história da Igreja.

Enquanto uma delegação de compatriotas, liderada pelo presidente da Polônia Aleksander Kwasniewski, prestava uma homenagem ao Papa na biblioteca privada do Vaticano, entoando coros tradicionais de seu país, a editora italiana Mondadori apresentava oficialmente a versão do novo livro do Santo Padre.

O Papa apareceu bem humorado, e se divertiu com os cânticos. "Estes cantos são para serem dançados aos pulos, como as pessoas da montanha", comentou um alegre João Paulo II, cujos graves problemas de saúde parecem estabilizados, apesar de ele não poder caminhar nem pronunciar bem as palavras.

O presidente polonês se declarou "surpreendido" com a melhora do Papa, e o elogiou por seu novo livro, escrito em polonês e traduzido em vários idiomas, entre eles espanhol, italiano, francês, alemão e inglês.

A melhora do estado de saúde do Papa permitirá que viaje este ano aos Alpes italianos, para passar as férias no Vale de Aosta, informou o Vaticano.

No ano passado, o Papa teve de desistir das férias e permanecer na residência de verão de Caltelgandolfo, perto de Roma, sem poder realizar seus passeios e momentos de meditação junto à natureza.

"João Paulo II é um místico, isso fica evidente quando ele relata episódios de sua vida. Não me surpreende que ele tenha desejado dedicar-se ao estudo e à meditação", afirmou o cardeal Giovanni Battista Re, ao comentar os trechos mais importantes do livro.

O presidente do Senado italiano, Marcello Pera, o ex-primeiro-ministro Giuliano Amato e o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro Valls, apresentaram à imprensa a edição italiana do livro do Papa.

"João Paulo II sabe enfrentar qualquer situação, e sabe comunicar", afirmou o cardeal, lembrando que o Papa queria visitar o Iraque, principalmente a cidade de Ur, a terra de Abraão, durante o jubileu de 2000.

"Saddam Hussein não quis que ele fosse, nunca entendi seus motivos, já que a presença do Papa no Iraque poderia ter sido útil politicamente", comentou Re.




Fonte: AFP

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