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Politica Brasil
Quinta - 13 de Maio de 2004 às 17:26
Por: Vladimir Goitia

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São Paulo - O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), bateu duro no que ele considerou de paralisação do governo nas áreas econômica e política e em ações que comprometem a imagem do País no exterior, durante almoço na Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil (Britcham). De acordo com Rigotto, o governo federal tropeça em questões que não são aceitáveis, cometendo erros primários como no caso do jornalista do The New York Times. Para o governador, a decisão de cassar o visto do jornalista Larry Rohter arranhou "a imagem do Brasil no exterior".

Rigotto criticou a ausência de uma reforma tributária, o que estaria impedindo o desenvolvimento do País. Segundo ele, o presidente Lula prefere governar com remendos fiscais e, para piorar, acaba turbinando alguns impostos como a Cofins. "O governo aceitou as pressões conservadoras, entre elas a de alguns governadores, que não entendem que é necessário fazer mudanças nesse setor porque a carga tributária acaba incentivando os setores a não recolherem impostos e a aumentar a informalidade", afirmou.

O governador gaúcho classificou de "doidice" as 27 legislações sobre Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servilos (ICMS) e as mais de 40 alíquotas desse imposto na Federação. "Estamos perdendo tempo e competitividade. Bastava ter uma melhor distribuição e ampliação dessa carga tributária se é que não queriam reduzi-la", afirmou. Para ele, os tributos cobrados hoje no País não só estão onerando os setores produtivos que geram emprego como provocando o aumento do desemprego.

Rigotto disse não estar condenando totalmente a política econômica com a qual foi possível manter a estabilidade, reduzir a inflação e a taxa de risco-Brasil, condições que deveriam permitir uma retomada do crescimento. O governador lembrou que desde o primeiro momento deu total apoio ao presidente Lula, mas apesar disso disse ter defendido a não participação do seu partido (PMDB) em cargos do Executivo. "Mas fui voto vencido".




Fonte: Estadão.com

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