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Imprensa Marrom
Não é novidade pra ninguém a existência daquilo que a mídia séria qualifica de “imprensa marrom”. Essa “tchurma” costuma se aproveitar da ignorância do povo brasileiro e fazer presidentes, senadores, deputados, e até ministros de tribunais superiores, numa demonstração clara de eternizar no poder pessoas dóceis, que comunguem com o pensamento neoliberal, conservador, e, por obviedade, anti-Cristão (basta ler o Novo Testamento, ler e bem interpretar - ou não se lembram da frase Dele: dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus?).
Pois bem. O presidente LULA peitou os E.E.U.U. na OMC, OEA, e também na ONU. Fez mudar a linha de atuação de nossos diplomatas, antes abnegados serviçais do tio Sam; hoje, independentes, são os representantes de uma nação, com problemas, mas digna, de alma e espírito soberanos. Eis que, em retaliação, as hostes americanas fizeram publicar no “The NYT” artigo em que o presidente brasileiro aparece como alcoólatra. Podemos afirmar que a matéria foi grotesca, humilhante, e caluniosa.
Divergimos do presidente, de sua teimosia em só ouvir o Dirceu, o Palocci, e o Meirelles; de não ter apoiado a CPI do Waldomiro; de suas críticas infelizes ao Judiciário, se esquecendo que foi por sentenças judiciais que teve voz numa época sombria da política nacional; de seu diminuto referencial teórico que o impede de enxergar como estadista; da arbitrariedade contra uma senadora e três deputados federais, expulsos do PT por discordarem da política previdenciária, a qual levou o caos ao funcionalismo público por imposição do FMI; o apego à retórica demagógica, jogando os movimentos sociais contra os poderes e instituições; a falta de critério na escolha de chefias para a Administração Pública federal; o abandono dos intelectuais, inclusive os petistas, forçados a tolerarem o cantor Gil e suas extravagâncias etc. etc. e mais etc.
Apesar de tudo, não se pode permitir que o Brasil seja atingido na pessoa de seu presidente. Primeiro que o nosso é melhor que o deles, anos-luz na frente. LULA nunca invadiu casa alheia em busca de riqueza, como foi o propósito da guerra contra o Iraque. Não dá ordens para encapuzar e aprisionar pessoas inocentes. Não mantém um Rumsfeld em seu ministério. Nunca assinou decreto de embargos econômicos a quem quer que seja, muitíssimo menos a uma ilha, que desafia a contradição do mundo e a capacidade autofágica das nações.
No mais, o americanismo volta com toda força, vendendo a idéia de democracia, de direitos humanos, de pessoas “certinhas e bem comportadas”, escondendo de todos o verdadeiro propósito - humilhar, enfraquecer, para melhor dominar. Contra isto, olhemos para a resistência do povo iraquiano, e, em surdina, aprendamos com eles, não em armas, mas em fibra e dignidade.
GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO é Juiz de Direito, professor universitário, da Academia Mato-grossense de Magistrados, e escreve semanalmente neste espaço. gabn@estadao.com.br
Pois bem. O presidente LULA peitou os E.E.U.U. na OMC, OEA, e também na ONU. Fez mudar a linha de atuação de nossos diplomatas, antes abnegados serviçais do tio Sam; hoje, independentes, são os representantes de uma nação, com problemas, mas digna, de alma e espírito soberanos. Eis que, em retaliação, as hostes americanas fizeram publicar no “The NYT” artigo em que o presidente brasileiro aparece como alcoólatra. Podemos afirmar que a matéria foi grotesca, humilhante, e caluniosa.
Divergimos do presidente, de sua teimosia em só ouvir o Dirceu, o Palocci, e o Meirelles; de não ter apoiado a CPI do Waldomiro; de suas críticas infelizes ao Judiciário, se esquecendo que foi por sentenças judiciais que teve voz numa época sombria da política nacional; de seu diminuto referencial teórico que o impede de enxergar como estadista; da arbitrariedade contra uma senadora e três deputados federais, expulsos do PT por discordarem da política previdenciária, a qual levou o caos ao funcionalismo público por imposição do FMI; o apego à retórica demagógica, jogando os movimentos sociais contra os poderes e instituições; a falta de critério na escolha de chefias para a Administração Pública federal; o abandono dos intelectuais, inclusive os petistas, forçados a tolerarem o cantor Gil e suas extravagâncias etc. etc. e mais etc.
Apesar de tudo, não se pode permitir que o Brasil seja atingido na pessoa de seu presidente. Primeiro que o nosso é melhor que o deles, anos-luz na frente. LULA nunca invadiu casa alheia em busca de riqueza, como foi o propósito da guerra contra o Iraque. Não dá ordens para encapuzar e aprisionar pessoas inocentes. Não mantém um Rumsfeld em seu ministério. Nunca assinou decreto de embargos econômicos a quem quer que seja, muitíssimo menos a uma ilha, que desafia a contradição do mundo e a capacidade autofágica das nações.
No mais, o americanismo volta com toda força, vendendo a idéia de democracia, de direitos humanos, de pessoas “certinhas e bem comportadas”, escondendo de todos o verdadeiro propósito - humilhar, enfraquecer, para melhor dominar. Contra isto, olhemos para a resistência do povo iraquiano, e, em surdina, aprendamos com eles, não em armas, mas em fibra e dignidade.
GONÇALO ANTUNES DE BARROS NETO é Juiz de Direito, professor universitário, da Academia Mato-grossense de Magistrados, e escreve semanalmente neste espaço. gabn@estadao.com.br
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