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Homem, rato e frango preservaram trechos de DNA idênticos
São 481 trechos idênticos entre homem e ratos; 99% deles são iguais também em cachorros e 95% em frangos
São Paulo - Que temos vários genes similares aos do rato e do camundongo (e chimpanzé, cachorro e outros mamíferos), já se sabia. A novidade é que temos 481 trechos do DNA idênticos aos de ratos e camundongos, 99% deles idênticos aos do cachorro e 95% ao do frango.
Em estudo publicado na revista Science, pesquisadores da Universidade de Califórnia em Santa Cruz, Estados Unidos, e da Universidade de Queensland, em Brisbane, Austrália, descobriram seqüências de DNA, com 200 bases ou mais, que foram ultraconservadas na evolução do homem e daqueles outros animais.
Mas por que essas seqüências de DNA e não outras ficaram conservadas durante tanto tempo - a linhagem da espécie humana e a dos frangos, por exemplo, divergiram na evolução há cerca de 400 milhões de anos.
A resposta de Hassler é também uma hipótese. "Acredito que com o passar do tempo as seqüências passaram a ser essenciais para a sobrevivência dessas espécies", diz. "Provavelmente organismos que tiveram mutações nessas áreas e tiveram desvantagem na luta pela sobrevivência acabaram não se reproduzindo. Uma situação bem darwiniana."
Essas regiões mostram também um comportamento ao longo dos séculos bem diverso do resto do genoma de cada um dos organismos analisados. "Curiosamente a taxa de mudança ao longo da evolução ocorridas nessas regiões parece ser 20 vezes menor do que aquela encontrada em outras regiões do genoma", dizem os autores.
A descoberta, feita com o uso de análise computacional, procurou também por essas regiões ultraconservadas em genomas de não-vertebrados, como o verme C. elegans, e não encontrou nenhuma das nossas regiões ultraconservadas neles. A comparação permitiu aos cientistas concluir que as regiões ultraconservadas começaram a se desenvolver nos vertebrados.
São Paulo - Que temos vários genes similares aos do rato e do camundongo (e chimpanzé, cachorro e outros mamíferos), já se sabia. A novidade é que temos 481 trechos do DNA idênticos aos de ratos e camundongos, 99% deles idênticos aos do cachorro e 95% ao do frango.
Em estudo publicado na revista Science, pesquisadores da Universidade de Califórnia em Santa Cruz, Estados Unidos, e da Universidade de Queensland, em Brisbane, Austrália, descobriram seqüências de DNA, com 200 bases ou mais, que foram ultraconservadas na evolução do homem e daqueles outros animais.
Mutações de insucesso
Os motivos que levaram a natureza a conservar essas seqüências durante a evolução das espécies ainda são um mistério para os cientistas. "Nossa hipótese é de que essas seqüências estão ligadas ao desenvolvimento dos embriões dos vertebrados", disse David Hassler, um dos autores do artigo.Mas por que essas seqüências de DNA e não outras ficaram conservadas durante tanto tempo - a linhagem da espécie humana e a dos frangos, por exemplo, divergiram na evolução há cerca de 400 milhões de anos.
A resposta de Hassler é também uma hipótese. "Acredito que com o passar do tempo as seqüências passaram a ser essenciais para a sobrevivência dessas espécies", diz. "Provavelmente organismos que tiveram mutações nessas áreas e tiveram desvantagem na luta pela sobrevivência acabaram não se reproduzindo. Uma situação bem darwiniana."
Funcionamento dos genes
Apenas um quarto das 481 seqüências comuns se sobrepõe diretamente a trechos de genes. Outra parte está em regiões ligadas ao funcionamento dos genes, mas há também seqüências que estão em regiões cuja função ainda é desconhecida.Essas regiões mostram também um comportamento ao longo dos séculos bem diverso do resto do genoma de cada um dos organismos analisados. "Curiosamente a taxa de mudança ao longo da evolução ocorridas nessas regiões parece ser 20 vezes menor do que aquela encontrada em outras regiões do genoma", dizem os autores.
A descoberta, feita com o uso de análise computacional, procurou também por essas regiões ultraconservadas em genomas de não-vertebrados, como o verme C. elegans, e não encontrou nenhuma das nossas regiões ultraconservadas neles. A comparação permitiu aos cientistas concluir que as regiões ultraconservadas começaram a se desenvolver nos vertebrados.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/383918/visualizar/
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