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Meio Ambiente
Quinta - 06 de Maio de 2004 às 13:29

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Pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém descobriram restos de pedra carbonizados que permitem supor que há 790 mil anos nossos antecessores, os "hominídeos eretos", faziam uso do fogo. Os restos de pedra carbonizados foram descobertos na Galiléia, na "Ponte das Filhas de Jacó", informou Naama Goren-Inbar, responsável por uma equipe de arqueólogos e pesquisadores que fazem escavações no local desde 1996.

A região, onde também foram encontrados utensílios de pedra com os quais o Homo erectus imigrou da África, situa-se no sul do desaparecido lago de Hule, extinto antes da criação do moderno Estado de Israel (1948) por ser um foco de malária. O fogo revolucionou a vida destes seres primitivos, que se valeram dele para se proteger do frio, iluminar-se e, como se supõe, cozinhar.

Segundo a professora Goren-Inbar, o fogo teria servido para acender fogueiras, que teriam se tornado um centro de atividades comunitárias ou sociais, embora não tenham sido encontrados restos delas porque as cinzas teriam se dispersado. Até agora, as únicas pistas de que os primeiros homens conheceram o fogo na Eurásia foram achadas na China, nas covas de Zukodian, e datariam de entre 300 mil e 500 mil anos.

Os especialistas apenas conjeturam que o Homo erectus, que surgiu na África, conseguiu o fogo, vital para a evolução do homem, há 1,8 milhão anos, mas não se sabe como ele era obtido. Os primeiros métodos conhecidos se baseavam na produção de uma faísca por meio do atrito entre madeiras ou sua perfuração. Em estágios posteriores do desenvolvimento, esfregaram pedras entre elas e depois também com peças de ferro. Desse último método se derivou o usado na Europa até o século XVII, o que servia para conseguir a chama por meio do pedernal, uma variedade do quartzo "ferido" por um ferro afiado.

Apenas em 1779 foram inventados os primeiros fósforos, fechados em um tubo de vidro e impregnados em um dos extremos com uma pasta de fósforo, enxofre e óleo que acendia quando o tubo era quebrado. Em 1805, o francês Chancel inventou os primeiros fósforos com enxofre, clorato de cálcio e goma arábica, que produziam fogo quando submerso em ácido sulfúrico concentrado. Os pesquisadores acreditam que a descoberta do fogo foi decisiva para a sobrevivência e o estabelecimento no frio do continente europeu.




Fonte: Agência EFE

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