Definidas as cadeias produtivas

Foram definidas as cadeias produtivas a serem priorizadas este ano pelo Programa de Desenvolvimento Regional (MT Regional) nas regiões de Cuiabá e Várzea Grande, Juína, Alta Floresta e Baixo Araguaia. Para a região Norte, que reúne 17 municípios e cuja população é de mais de 240 mil habitantes, ficaram definidas as cadeias produtivas da madeira, do café, do turismo e da bovinocultura de couro e de leite. A região de Juína – população de 87.289 habitantes em sete municípios – é a maior produtora de café do Estado e a cadeia produtiva do café está entre as que serão priorizadas, juntos às de madeira, turismo, mineração (em especial a exploração do diamante) e a de bovinocultura de corte.

A piscicultura foi uma das cadeias escolhidas para a região Noroeste, onde se destacou também a bovinocultura de corte, carne e leite e a mamona. A secretária Flávia Nogueira lembrou a produção do biodiesel, que pode ser obtido a partir do óleo da mamona. A cadeia produtiva da piscicultura também será estimulada na Baixada Cuiabana (Cuiabá e Várzea Grande) que tem 13 municípios e mais de 835.700 habitantes. A horticultura, a cultura da mandioca e o turismo também receberão atenção especial.

AGENDA - A eleição das cadeias produtivas foi realizada nesta quarta-feira (05.06), durante reunião da equipe técnica do programa, na qual estiveram presentes a secretária de Estado de Ciência e Tecnologia, Flávia Nogueira, e a adjunta da pasta, Jackeyline Mapurunga, cuja secretaria é a coordenadora executiva do MT Regional. Estiveram presentes técnicos do MT Fomento e das secretarias de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec); Desenvolvimento do Turismo (Sedtur); Planejamento (Seplan, que coordena o programa); Educação (Seduc); Desenvolvimento Rural (Seder) e Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).

A partir de agora parte da equipe se dedicará a levantar os programas já em desenvolvimento pelas secretarias de Estado nas regiões e cadeias produtivas escolhidas. Na região Norte a Sedtur já desenvolve o programa federal Proecotur e a Seduc desenvolve o projeto “Aplauso” no ensino fundamental e o ampliará para o Ensino Médio, em convênio com os municípios. A secretaria também atende à Educação Especial, além de contar com o projeto de alfabetização de adultos Letração e com a Escola indígena no município de Guarantã do Norte, onde existe um curso de formação de professores indígenas em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai). Os programas de Educação Ambiental e o Educomrádio – que visa à instalação de mini-estações de rádio nas escolas – também são desenvolvidos na região.

SECITEC - Sobre essa região, a secretária Flávia Nogueira ressaltou que a Unemat possui campus em Alta Floresta e que a Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat), por meio do investimento no Centro de Tecnologia da Madeira, atenderá aos produtores de madeira de todo o Estado. “A Fapemat também poderá financiar projetos localizados de acordo com as necessidades de cada cadeia produtiva”, explicou a secretária. Ela lembrou também que o Centro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ceprotec) possui uma unidade em Alta Floresta, onde se pretende oferecer cursos voltados para a realidade regional, atendendo às necessidades das cadeias. “Mas queremos trabalhar com a educação do cidadão de forma integral, não apenas prepará-los para determinada atividade”, salientou ela. Na região de Juína, Flávia ressaltou que, embora não possua campus da Unemat ou unidade do Ceprotec, será atendida em suas necessidades específicas, tanto em ensino como em pesquisa e em profissionalização.

A região Noroeste – que agrega 18 municípios e mais de 78.600 habitantes – possui um campus da Unemat e, em breve, contará também com uma unidade do Ceprotec no município de Confresa e um campus da UFMT, em São Félix do Araguaia, com especialidade em piscicultura.

As secretarias de Turismo; Indústria, Comércio, Minas e Energia; Desenvolvimento Rural e Planejamento ficaram responsáveis pela coordenação em relação ao preenchimento de um formulário detalhado de cada cadeia produtiva, que será produzido pelos técnicos. Depois de organizados pela Secitec, os formulários serão repassados para o consultor Mário Bracht, que retorna a Cuiabá dentro de três semanas. Os formulários deverão ser entregues até o dia 20 a Secitec. “Esse programa é de suma importância, e é a fala do governador que eu trago agora”, ressaltou Flávia Nogueira. “Por isso, conto com a colaboração de todos para que esse trabalho tenha sucesso.”