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Politica Brasil
Terça - 04 de Maio de 2004 às 06:31
Por: Eduardo Gomes

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Negociações de bastidores estariam bastante avançadas para que o deputado estadual Zéca de Ávila (PFL) suceda o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Branco de Barros. Ontem, em seu gabinete, Zéca admitiu tal fato, mas ponderou que a família do conselheiro estaria se posicionando contrária à sua aposentadoria para a abertura de uma vaga naquela Corte.

“Para ser correto não posso negar que as conversas (sobre sua ida para o TCE) estão em curso e adiantadas. Também não posso negar que aceitaria a função. O problema, dizem, é que a família do conselheiro Branco de Barros não concorda”, revelou o deputado.

Não foi possível localizar Branco de Barros em seu gabinete no TCE. Sua assessoria se comprometeu retornar as ligações, mas não o fez até o final do expediente. Com 65 anos, Branco de Barros é o decano do TCE. Nasceu em 11 de novembro de 1938 e pode permanecer conselheiro até os 70 anos. Foi nomeado conselheiro em 8 de junho de 1992 e por um mandato presidiu o tribunal.

As conversações para sua saída teriam começado em março, e estariam sendo conduzidas pelo secretário de Desenvolvimento Rural e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Homero Pereira. Homero lidera a chapa única que disputará no próximo dia 15, a diretoria da Famato. Ele deverá suceder Zéca de Ávila, que está no cargo desde 1989.

Uma fonte revelou que Homero estaria conduzindo as negociações para o TCE, para evitar ressentimento de Zéca de Ávila. Em tom curto, o deputado desconversou sobre esse assunto. Homero não atendeu às ligações da reportagem. Sua secretária disse que o telefone do gabinete dele estaria com problemas. A mesma fonte adiantou que Gilmar Fabris também participa das negociações. Gilmar se encontrava em sua fazenda em Pedra Preta e não foi possível localiza-o pelo celular. “A ida de Zéca para o TCE está praticamente certa. Ela deverá acontecer antes de junho. Há muito interesse para que isso ocorra”, finalizou.

TCE – O pleno do TCE é composto por sete membros, sendo três indicados pelo governador e quatro pela Assembléia Legislativa. Na atual composição as últimas três indicações: conselheiros Antonio Joaquim, Valter Albano e José Carlos Novelli foram feitas pelo ex-governador Dante de Oliveira. Portanto os quatros próximos conselheiros serão indicados pela Assembléia Legislativa. “Não vejo problema na Assembléia sobre meu nome”, analisa Zéca de Ávila.

Caso Zéca de Ávila suceda Branco de Barros, o suplente Gilmar Fabris (que obteve 14.658 votos) será efetivado no cargo. Gilmar ocupa da cadeira do deputado Joaquim Sucena, que foi nomeado chefe da Casa Civil do governador Blairo Maggi. Se Sucena for mantido no cargo no governo, e em sendo Gilmar titular, o segundo suplente do PFL, vereador por Várzea Grande, Antonio Cardoso de Andrade Neto (que recebeu 12.923 votos) passaria a compor a bancada pefelista estadual. Zéca de Ávila seria o quinto ex-deputado no pleno do TCE. Dos atuais conselheiros, Ubiratan Spinelli, Branco de Barros, Ary Campos, Antonio Joaquim e José Carlos Novelli foram deputados. Somente Valter Albano e Júlio Campos não exerceram mandato na Assembléia Legislativa.




Fonte: Diário de Cuiabá

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