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Politica Brasil
Quinta - 18 de Outubro de 2012 às 20:51

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Passadas as eleições, é tempo de demissões em várias prefeituras do Rio Grande do Sul. Além de questões políticas, a queda na arrecadação municipal é apontada como a causa principal dos cortes. Em alguns municípios, a falta de funcionários tem deixado moradores sem serviços básicos como atendimentos de saúde, como mostra reportagem do RBS Notícias.

Depois de sete anos trabalhando na prefeitura de Parobé, no Vale do Paranhana, Luiz da Silva e outros cinco funcionários da Vigilância Sanitária da cidade foram demitidos após as eleições. O setor de combate à dengue, onde eles trabalhavam, foi extinto.

“A gente já encontrou foco de dengue aqui em Parobé. E agora, que está entrando o verão, isso aí vai aumentar mais”, lamentou Luiz.

Foram 100 os cargos de confiança cortados desde o último dia 8, segundo a prefeitura da cidade. Entre os demitidos, estão 11 médicos especialistas que atendiam nos postos de saúde do município. A prefeitura diz que a população não ficará desassistida até o final do ano. Mas nesta quinta-feira (18) muitos pacientes foram embora sem ser atendidos.

“Eu vim procurar atendimento aqui e não tem. Disseram que não tinha mais ficha, que era pra eu voltar amanhã de manhã”, relata o operador de injetor, Rogério Roberto da Silva.

O autônomo Luciano Klement também não foi atendido ao procurar a Secretaria de Obras para resolver um problema de esgoto na frente de casa.

“Agora, passadas às eleições, a gente liga lá para a Secretaria de Obras e passam para um e depois passam para outro. Cheguei hoje lá e estava tudo fechado. O guarda falou para mim que ninguém estava trabalhando lá”, contou Luciano.

De acordo com a procuradora Jurídica do munícipio, a queda na arrecadação é um dos motivos das demissões. O outro seria político.

“Quando a gente tem uma continuidade na administração, (o prefeito) consegue fazer um sucessor, essas medidas geralmente não são feitas, em função de que vai ter continuidade”, explica Cynthia Moreira.
 

A queda na arrecadação também é a justificativa da prefeitura de Mariana Pimentel, na Região Metropolitana, onde 85 pessoas foram demitidas depois das eleições.

“Falaram que eu estava demitida por corte de gastos. Que a prefeitura não tinha mais dinheiro em caixa. Só que demitiram a gente e não deram data para pagar”, relata uma ex-funcionária, que prefere não se identificar.

O prefeito da cidade, Joel Ghisio, diz que o Executivo vai cumprir os compromissos.

“O que tem que pagar o município vai honrar até 31 de dezembro, como manda a Lei de Responsabilidade Fiscal”, garante.

Em São Leopoldo, no Vale do Sinos, outros 170 funcionários em cargos de confiança foram cortados.

“É evidente que, em função da crise econômica que vive o país e o estado, em função da estiagem que tivemos aqui e da manutenção da isenção fiscal do IPI sobre a produção de carros e sobre a linha branca, tem trazido uma redução de 7% no orçamento das prefeituras municipais em todo o estado do Rio Grande do Sul e no Brasil”, argumenta.





Fonte: Do G1 RS

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