Repórter News - reporternews.com.br
São Paulo ganha os ares de "Chicago"
São Paulo - Um lugar onde o gim é gelado, o piano é quente e mulheres sedutoras abusam de suas curvas na busca desenfreada pela fama - não, não se trata de mais um capítulo de Celebridade, mas do ponto de partida de Chicago, montagem brasileira do musical criado por Bob Fosse, que estréia hoje para convidados no Teatro Abril. É o terceiro grande investimento da CIE Brasil, multinacional mexicana do ramo de entretenimento, que já montou Les Misérables e A Bela e a Fera e aplicou agora US$ 2 milhões. "Chicago é um novo desafio pois, como não tem efeitos especiais, todo o foco de atenção do público recai sobre o trabalho do ator", comenta Jorge Takla, diretor da Divisão de Teatro da CIE. "É um musical que exige muito mais do elenco."
De fato, dessa vez o que importa é o canto em combinação com a coreografia e o trabalho de atuação. E, ao contrário da versão cinematográfica, que se desdobra em vários cenários, o Chicago musical apresenta apenas a orquestra de 15 músicos no centro do palco - ao seu redor, e praticamente sempre com o mesmo figurino, se desenvolve a história. Tudo, na verdade, contribui para valorizar o trabalho de Bob Fosse, que concebeu e dirigiu a primeira versão do musical em 1975. Diretor de obras premiadas como Cabaret e All That Jazz - O Show não Pode Parar, Fosse recuperou o fôlego perdido dos musicais ao criar um estilo único, baseado em passos que conciliam tanto concisão como sexualidade.
"Parece fácil, mas exige muita concentração do ator", comenta Danielle Winits, que interpreta Velma Kelly, famosa vedete que vai para a cadeia depois de assassinar o marido, que a traía com a irmã. "É preciso contrabalançar o controle dos movimentos com a emoção exigida pelo personagem", completa Adriana Garambone, que vive Roxie Hart, aspirante a celebridade, que também vai parar atrás das grades depois de disparar contra o amante. Presas e cientes de que a fama é o melhor caminho para deixar a prisão, Velma e Roxie criam uma rivalidade, acirrada pela carcereira ambiciosa Mama Morton (Selma Reis). É quando entra em cena o inescrupuloso advogado Billy Flynn (Daniel Boaventura), cuja principal estratégia para defender suas estrelas é colocá-las nas capas de todos os jornais da cidade. "Chicago brinca com um assunto que nunca sai de moda: a busca incessante pela fama", diz Boaventura.
"De todos os musicais, o melhor, o mais teatral e mais moderno que conheço é Chicago", avalia Jorge Takla, que assistiu à montagem comandada por Fosse, em 1975. "O espetáculo é um filhote americanizado de Bertolt Brecht com Kurt Weill, extremamente arrojado, elegante, radical e definitivo. Por isso insisti tanto para trazê-lo ao Brasil." Takla sabe que, apesar de apurado e sofisticado, o espetáculo vai interessar a um público específico, ao contrário de Les Misérables e A Bela e a Fera, que atraiu jovens e crianças. "Teremos agora um predomínio de adultos na platéia", acredita. Assim, se os outros permaneceram dois anos em cartaz, Chicago tem previsão de ficar até dezembro - para o próximo ano, está prevista a estréia de O Fantasma da Ópera, um dos musicais mais procurados por brasileiros no exterior. Também haverá um número menor de apresentações semanais (cinco), devido também à grande exigência física do elenco.
De fato, dessa vez o que importa é o canto em combinação com a coreografia e o trabalho de atuação. E, ao contrário da versão cinematográfica, que se desdobra em vários cenários, o Chicago musical apresenta apenas a orquestra de 15 músicos no centro do palco - ao seu redor, e praticamente sempre com o mesmo figurino, se desenvolve a história. Tudo, na verdade, contribui para valorizar o trabalho de Bob Fosse, que concebeu e dirigiu a primeira versão do musical em 1975. Diretor de obras premiadas como Cabaret e All That Jazz - O Show não Pode Parar, Fosse recuperou o fôlego perdido dos musicais ao criar um estilo único, baseado em passos que conciliam tanto concisão como sexualidade.
"Parece fácil, mas exige muita concentração do ator", comenta Danielle Winits, que interpreta Velma Kelly, famosa vedete que vai para a cadeia depois de assassinar o marido, que a traía com a irmã. "É preciso contrabalançar o controle dos movimentos com a emoção exigida pelo personagem", completa Adriana Garambone, que vive Roxie Hart, aspirante a celebridade, que também vai parar atrás das grades depois de disparar contra o amante. Presas e cientes de que a fama é o melhor caminho para deixar a prisão, Velma e Roxie criam uma rivalidade, acirrada pela carcereira ambiciosa Mama Morton (Selma Reis). É quando entra em cena o inescrupuloso advogado Billy Flynn (Daniel Boaventura), cuja principal estratégia para defender suas estrelas é colocá-las nas capas de todos os jornais da cidade. "Chicago brinca com um assunto que nunca sai de moda: a busca incessante pela fama", diz Boaventura.
"De todos os musicais, o melhor, o mais teatral e mais moderno que conheço é Chicago", avalia Jorge Takla, que assistiu à montagem comandada por Fosse, em 1975. "O espetáculo é um filhote americanizado de Bertolt Brecht com Kurt Weill, extremamente arrojado, elegante, radical e definitivo. Por isso insisti tanto para trazê-lo ao Brasil." Takla sabe que, apesar de apurado e sofisticado, o espetáculo vai interessar a um público específico, ao contrário de Les Misérables e A Bela e a Fera, que atraiu jovens e crianças. "Teremos agora um predomínio de adultos na platéia", acredita. Assim, se os outros permaneceram dois anos em cartaz, Chicago tem previsão de ficar até dezembro - para o próximo ano, está prevista a estréia de O Fantasma da Ópera, um dos musicais mais procurados por brasileiros no exterior. Também haverá um número menor de apresentações semanais (cinco), devido também à grande exigência física do elenco.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/384657/visualizar/
Comentários